Amazon é processada por permitir compras feitas por crianças
Cobranças relacionadas a aplicativos foram feitas sem que os pais tivessem autorizado
A Amazon está sendo processada pelo governo dos Estados Unidos por permitir que crianças acumulassem milhões de dólares em cobranças relacionadas a aplicativos móveis sem a permissão de seus pais.
Em um processo registrado nesta quinta-feira, a Comissão Federal do Comércio do país (FTC, na sigla em inglês) pede à corte que a Amazon devolva o dinheiro gasto sem a autorização dos pais e que seja posto fim à prática de permitir compras ilimitadas sem a solicitação de uma senha ou outro mecanismo que dê aos pais controle sobre suas contas.
As cobranças não autorizadas são geralmente associadas com aplicativos infantis, como jogos, que podem ter download gratuito, mas permitem aos jogadores comprar “moedas” ou outros produtos digitais por meio do cartão de crédito associado ao dispositivo móvel.
No processo, a FTC diz que a Amazon já respondeu a reclamações sobre cobranças não autorizadas solicitando senhas para compras grandes a partir de 2012, prática depois estendida para todos os tipos de compra em 2013. No entanto, a Comissão alega que, após a senha ter sido inserida no dispositivo, uma janela de compras fica aberta por até uma hora, o que pode permitir outras compras sem que os pais saibam.
O órgão americano já negociou um caso similar com a Apple em janeiro. A empresa de Cupertino concordou em reembolsar os consumidores em pelo menos US$ 32,5 milhões em casos de compras não autorizadas feitas por crianças, além de ter mudados suas práticas de cobrança para que houvesse um consentimento dos pais antes dos pagamentos.
A Amazon não respondeu imediatamente aos pedidos de comentário da Reuters.
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