Aplicativos para dispositivos móveis desafiam operadoras e redes de TV
Operadoras a cabo e por satélite dos Estados Unidos, já enfrentando discussões com programadores por taxas cobradas de assinantes, se preparam para brigar em relação aos aplicativos móveis cada vez mais usados para ver TV.
Serviços oferecidos pela internet, como Netflix, fizeram com que milhões de telespectadores se acostumassem a assistir a alguns programas em tablets e celulares.
E como as operadoras estão entrando nesse mercado com seus próprios aplicativos, esse se tornou um ponto de atrito em importantes negociações de programação, como no caso da Dish Network e Walt Disney, que estão tentando chegar a um novo acordo de direitos.
As disputas aumentam os perigos de novos apagões e podem significar atrasos no desenvolvimento de aplicativos que combinem conteúdo, tecnologia e marketing em ambos os lados da indústria.
Passos mal calculados pelas operadoras também aumentam o perigo de que alguns consumidores confiem mais no Netflix e em outros serviços, cancelando suas assinaturas de TV paga e causando uma grande queda na receita da indústria.
Enquanto isso, os dois lados estão se esforçando para atrair consumidores para seus aplicativos e receber as ofertas mais atraentes e rentáveis para o futuro.
Participantes da Consumer Electronics Show em Las Vegas nesta semana vão mostrar aplicativos por meio de uma gama de dispositivos móveis e TVs. A Dish vai mostrar uma nova versão do aplicativo Dish Anywhere, que permite a exibição ao vivo e a transferência de conteúdos para dispositivos móveis para vê-los offline, um recurso que tem perturbado empresas de mídia.
E não é só a Dish: Time Warner Cable, Comcast, DirecTV e Verizon FiOS criaram aplicativos nos últimos anos, enquanto grandes empresas de conteúdo, incluindo Disney, Viacom e HBO e Turner Broadcasting System, da Time Warner, fizeram o mesmo.