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Assange destaca as "fortes pressões" que o Equador recebe por abrigá-lo

4 out 2016 - 10h05
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O jornalista e fundador do Wikileaks, Julian Assange, voltou a falar nesta terça-feira sobre as "fortes pressões" internacionais que o governo do Equador sofre por ter concedido asilo político a ele em 2012 e desde então estar em sua embaixada em Londres.

O australiano, que divulgou através de seu site milhões de documentos sigilosos, fez estas declarações em uma videoconferência em Berlim em comemoração aos 10 anos de sua organização.

A advogada de Assange, Melinda Taylor, esclareceu à Agência Efe que estas pressões são de caráter comercial e político, e lembrou às queixas do governo equatoriano a este respeito. Além disso, ressaltou que, uma vez que o Equador concedeu a Assange o status de refugiado, os demais países que assinaram a Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados de Genebra têm a "obrigação" de reconhecê-lo, algo que envolve também o Reino Unido e a Suécia.

Neste sentido, o Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Detenção Arbitrárias pediu sem sucesso em fevereiro deste ano ao Reino Unido e a Suécia que "ponham fim à privação de liberdade" de Assange e, inclusive, que reconheçam seu direito a reivindicar uma compensação por ser uma detenção "arbitrária". O ministro das Relações Exteriores britânico, Philip Hammond, rotulou de "ridículas" as conclusões da ONU.

Assange permanece recluso há cerca de quatro anos na embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição à Suécia, onde é investigado por abusos sexuais. Desta maneira pretende evitar a extradição ao país escandinavo porque teme ser enviado depois aos Estados Unidos, onde poderia enfrentar um julgamento militar pelos segredos sobre a segurança americana vazados pelo site que ele dirige.

EFE   
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