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Deputado francês compra cocaína para denunciar a Darknet

30 jun 2016 - 11h37
(atualizado às 11h48)
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Foto: iStock

O deputado francês Bernard Debré, do partido 'Les Républicains' (Os Republicanos), que é liderado pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy, comprou por correspondência cocaína, cogumelos alucinógenos, maconha e cannabis sintética para demonstrar os perigos da chamada Darknet, a rede obscura da internet, à qual os usuários acessam de forma anônima.

A emissora francesa "BFMTV" divulgou nesta quinta-feira as últimas declarações de uma campanha que o representante eleito levou inclusive à Assembleia Nacional, na qual critica a facilidade com que é possível obter drogas através da internet, que são enviadas pelo sistema de correios.

"É mais fácil do que comprar um par de sapatos", comentou o deputado, que ocupou o cargo de ministro de Cooperação entre 1994 e 1995.

Debré denunciou que as compras são possíveis por intermédio de sites frequentemente localizados na Holanda, nos quais é possível pagar com cartão de crédito e a mercadoria chega "discretamente" ao endereço escolhido.

No entanto, outra opção "mais segura, mas mais complicada" para, por exemplo, adquirir cocaína com 90% de pureza diretamente na França, segundo Debré, é a Darknet: "o maior supermercado de horror do mundo", no qual as compras são geralmente feitas em 'bitcoins', a moeda virtual.

Debré aproveitou sua ação para reivindicar "um verdadeiro programa de luta contra o tráfico de drogas no seio da União Europeia (UE), que garanta um melhor controle nas fronteiras".

O deputado também exigiu o lançamento de uma campanha de informação sobre a luta contra este tipo de criminalidade, e as novas formas de distribuição na França, que ocupam progressivamente o lugar dos traficantes em pessoa.

Além disso, Debré solicitou a proibição dos 'bitcoins' que "servem principalmente ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro", mas também para adquirir armas e explosivos e para alimentar atividades criminosas como o tráfico de mulheres para prostituição e a pedofilia.

EFE   
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