Facebook muda termos de uso após 'pesquisa secreta'
Nesta semana, veio à tona uma pesquisa que rede social realizou com 689.003 usuários sem que eles soubessem
O Facebook adicionou um termo de que poderia usar informações dos usuários para pesquisas quatro meses depois de ter conduzido o estudo sobre “manipulação das emoções” com usuários da rede social. As informações são da Forbes.
Nesta semana, veio à tona uma pesquisa que o Facebook realizou com 689.003 usuários da rede social em janeiro de 2012, que analisava se o humor das pessoas mudava quando o conteúdo do feed de notícias era modificado também. O Facebook priorizou conteúdos positivos e negativos no feed dessas pessoas para analisar se elas eram afetadas por eles. A pesquisa foi conduzida sem que os usuários soubessem.
De um lado, críticos opinam que o Facebook deveria perguntar se os usuários aceitam participar de uma pesquisa, e depois de feita, avisá-los sobre o conteúdo estudado. Em contrapartida, outros dizem que o feed de notícias já é manipulado a todo momento, então não há grandes problemas nisso.
A política de uso do Facebook afirma que as informações das pessoas podem ser usadas para “operações internas”, que incluem também “pesquisas”. No entanto, a Forbes apurou que essa política só foi implementada em maio de 2012, quatro meses depois de o estudo ter sido feito.
Um outro ponto que deve aquecer mais a discussão é que não havia um filtro de idade para a pesquisa, o que significa que ela pode ter incluído usuários na faixa de idade entre 13 e 18 anos.
“Quando alguém se registra no Facebook, sempre pedimos permissão para usar suas informações para fornecer e melhorar os serviços que oferecemos”, disse um porta-voz da rede social à publicação. “Sugerir que conduzimos qualquer pesquisa corporativa sem permissão é totalmente ficção”, completou.
Vale lembrar que em janeiro de 2012, o Facebook estava sob os olhares da Comissão Federal do Comércio americana (FTC, na sigla em inglês). Em novembro de 2011, a FTC acusou a rede social de práticas injustas e enganosas em relação à privacidade dos usuários. Com o acordo, o Facebook precisava ser cuidadoso e obter a permissão do usuário para coletar suas informações.