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Fundador do Instagram defende censura de mamilos

Segundo Kevin Systrom, regras são 'justas' e buscam dar 'segurança'; Rihanna e filha de Bruce Willis tiveram fotos retiradas do site e protestaram

3 jun 2014 - 11h25
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<p>Precisamos ter algumas regras para nos certificarmos de que todos podem usá-lo, disse Systrom</p>
Precisamos ter algumas regras para nos certificarmos de que todos podem usá-lo, disse Systrom
Foto: AFP

O cofundador do Instagram Kevin Systrom disse à BBC que as regras do aplicativo sobre nudez são "justas". A empresa tem enfrentado críticas depois de remover fotos de mulheres com mamilos à mostra.

A política é semelhante a do Facebook, que nesta terça-feira apagou dois posts da página da BBC Brasil que continham a mesma imagem de uma jovem sem camisa, que participava de uma "Marcha das Vadias" em protesto contra o machismo.

O Facebook comprou a rede social de fotos em 2012 por US$ 1 bilhão (R$ 2,28 bilhões).

Systrom disse à BBC que as normas do Instagram tinham o objetivo de torná-lo "o mais seguro possível para adolescentes e adultos". Os termos de uso do Instagram estabelecem que "você não pode publicar fotos violentas, de nu total ou parcial (...) ou sexualmente sugestivas", ele destaca.

Seus comentários foram feitos depois que Scout Willis, a filha do Bruce Willis e da Demi Moore, protestou contra a remoção de uma de suas fotografias do Instagram.

A cantora Rihanna - que no mês passado fechou sua conta no Instagram após ser censurada por postar fotos nua - tuitou seu apoio ao protesto.

Mesmas regras

Falando exclusivamente à BBC, Kevin Systrom disse que as regras eram as mesmas para celebridades e usuários comuns.

"Nosso objetivo é realmente ter certeza de que o Instagram, seja [a conta de] uma celebridade ou não, é um lugar seguro e que o conteúdo que é postado é apropriado para adolescentes e adultos", disse ele. "Precisamos ter algumas regras para nos certificarmos de que todos podem usá-lo."

À medida que cresce em popularidade, o Instagram tem enfrentado crescente escrutínio do tipo de fotos postadas na rede social. A empresa já havia bloqueado certos termos de busca relacionados, supostamente, com a venda de drogas ilegais através do aplicativo.

Systrom reconheceu que é cada vez mais desafiador aplicar as regras. "Sabemos disso e estamos em cima com tecnologia e pessoas".

Facebook

Systrom, que tem 30 anos e cofundou o Instagram em 2010, disse que foi uma "decisão fácil" vender sua empresa para a rede social. "Existem inúmeros exemplos de como o Facebook tem nos ajudado a crescer", contou.

Ele descreveu sua parceria com o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, como "maravilhosa". "Nós compartilhamos uma quantidade enorme de humildade e respeito pelo fato de que muitas pessoas usam nossos produtos para mudar o mundo".

"É maravilhoso quando você associa empreendedores porque eles podem compartilhar experiências e, de alguma maneira, estimular um ao outro para criar produtos melhores daqui para frente."

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O Instagram começou a exibir anúncios para usuários selecionados nos Estados Unidos e há planos para ampliar isso para mais países ainda neste ano. Até agora o feedback de usuários e anunciantes tem sido "muito encorajador", disse Systrom. "É tudo uma questão de qualidades dos anúncios e certificar-se de que as pessoas realmente amam o que veem."

Formado pela Universidade de Stanford, ele revela que às vezes sente saudade dos dias em que sua companhia era apenas mais um start-up.

"Claro que é divertido ser uma pequena empresa, mas não existiam fins de semana, noites, você estava o tempo todo tentando manter o serviço estável para os usuários", disse ele. "Nós estamos agora em uma posição muito melhor - crescendo muito rapidamente e com serviço é estável".

"Você consegue ter tempo livre para família e isso é algo muito bom", acrescentou.

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