Google apresenta sistema de acesso a arquivos do Holocausto
O Google apresentou nesta quarta-feira em Tel Aviv um novo sistema que facilita o acesso aos arquivos fotográficos e documentais do Museu do Holocausto em Jerusalém.
O novo sistema, chamado Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR, na sigla em inglês), foi apresentado pelo diretor do Museu do Holocausto, Avner Shalev, e o diretor-executivo da Google em Israel, Yossi Matias.
Os dois reforçaram a importância da iniciativa, anunciada na véspera do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, para que não se esqueça do massacre de 6 milhões de judeus pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Em entrevista coletiva, Shalev explicou que um dos objetivos da instituição que preside "é a busca de formas inovadoras para que a enorme quantidade de informação de nossos arquivos esteja acessível a um público cada vez maior".
Afirmou ainda que nesse empenho "o Google é uma parceira que vai nos ajudar a chegar às novas gerações, a um público jovem". "Trabalhamos para levar à rede a herança cultural e a história do mundo", disse Matias.
Funcionários do Google e do museu esperam que a internet ajude a manter viva a lembrança da tragédia judaica, e que também possa agregar novas informações sobre o tema. "Há muitas histórias importantes por aí. Se não as capturarmos, elas podem se perder", disse Matias. Para evitar isso, sempre que as pessoas digitarem no Google o nome de vítimas do Holocausto, elas serão encorajadas a acrescentar ao arquivo detalhes que possuam sobre essas pessoas, ajudando a identificar fotos, por exemplo.
Em uma primeira fase, o novo sistema permitirá o acesso em alta resolução de 130 mil fotografias de vítimas do massacre nazista, que podem ser localizadas através dos arquivos do Museu do Holocausto, conhecido também por seu nome em hebraico, Yad Vashem.
O museu também está recorrendo a redes sociais, como o Facebook, onde uma página especial do memorial foi disponibilizada nesta semana por ocasião do dia anual de memória do Holocausto. Shalev disse que "não se trata só de não esquecer, mas de sermos ativos" na busca por mais informações sobre o assunto.
Com informações das agências EFE e Reuters