Google diz ser bloqueado em 25% dos países em que atua
Depois do caso de censura chinesa ter ganhado a mídia, o Google lembra agora que 25% dos países onde a empresa oferece seus serviços bloqueia, ao menos parcialmente, o acesso por parte de seus cidadãos.
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"A China é o exemplo mais chamativo, mas não é o único. Produtos do Google ¿ desde o buscador e o Blogger, até o YouTube e o Google Docs ¿ têm sido bloqueados em 25 dos cem países onde oferecemos nossos serviços", explica Rachel Whetstone, vice-presidente global de comunicações e relações públicas do Google, em blog oficial.
O site do Washington Post destaca que o Google aceitará a censura apenas em caso em que ela for "justificável", como em relação a sites com referências a pedofilia ou favoráveis aos nazistas, por exemplo, mas não mais se prestará a censurar debates políticos ou outras questões locais.
"Vamos avaliar cuidadosamente quando devemos ou não estabelecer presença física em países onde a censura política costuma acontecer", esclarece Whetstone.
A decisão do Google de entrar no mercado chinês, feita quatro anos atrás, levantou muitos debates, e a empresa alegou que houve muito trabalho para conciliar a oposição da empresa à censura chinesa e o desejo de estabelecer-se em um dos mercados mais crescente do mundo, lembra o site do LA Times.
Por isso a saída do Google da China, no início deste ano, representa uma vitória da liberdade de expressão. Agora o Google quer mostrar que não só a China, mas até mesmo países democráticos, como a Austrália, têm planos de censura de conteúdo, o que é considerado uma grande limitação do potencial da rede mundial de computadores.
"Com os países filtrando a internet e bloqueando a possibilidade de as pessoas fazerem referências e se comunicarem, a grande utilidade da internet para todos nós diminui cada vez mais", defende Wendy Seltzer, líder de um projeto que milita pela liberdade de expressão.
