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Incidente com OVNI em Roswell é relembrado em doodle do Google

Doodle relembra o episódio ocorrido no dia 8 de julho de 1947, quando um OVNI teria caído na cidade de Roswell, no Novo México, e a Força Aérea dos EUA teria se apossado dos destroços do disco voador

8 jul 2013 - 08h00
(atualizado às 09h14)
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O doodle do Google relembra nesta segunda os 66 anos do Caso Roswell ou Incidente em Roswell (em inglês:The Roswell UFO Incident). O incidente ocorreu em 1947 na localidade de Roswell em 1947 (Novo México, EUA), quando um OVNI teria caído e a Força Aérea dos EUA teria se apossado dos destroços da nave.

O doodle animado mostra o disco voador caindo na Terra. A partir daí, como num jogo, o internauta tem que juntar recolher alguns objetos para novamente formar o disco voador

O Caso Roswell

No dia 8 de julho de 1947, em Roswell (Novo México, Estados Unidos), o jornal Roswell Daily Record publicou em primeira página a notícia de que o 509º Grupo de Bombardeiros da então Força Aérea do Exército dos EUA havia tomado posse dos destroços de um disco voador. Porém, no dia seguinte o jornal desmentia a história: A notícia sobre os discos voadores perde o interesse. O disco do Novo México é apenas um balão meteorológico.

<p>Internauta tem que ajudar o ET a montar seu disco voador</p>
Internauta tem que ajudar o ET a montar seu disco voador
Foto: Reprodução

Os destroços da nave teriam sido encontrados por um fazendeiro local. A princípio, o fazendeiro não deu importância e só os recolheu dois dias depois. Porém, o caso repercutiu na imprensa. O assunto tomou grande repercussão após o piloto Kenneth Arnold fazer declarações dizendo que havia visto OVNIs sobrevoando a cidade.

Com a repercussão, o fazendeiro resolveu ir à polícia informar que em sua propriedade havia destroços que poderiam ser da nave espacial. O xerife local entrou em contato com as Forças Armadas, que foram à fazenda verificar a informação. As Forças Armadas então recolheram os destroços e levaram para sua base. Dias depois, o Exército fez um comunicado informando que se tratava apenas de um balão meteorológico.

Os mitos de Roswell

Baseando-se em relatos de diversas testemunhas descobertas a partir do Caso Roswell, pesquisadores publicaram os primeiros livros defendendo a tese de que os destroços de 1947 eram de uma nave alienígena. São exemplos The Roswell Incident (1980), de Charles Berlitz e William Moore; UFO crash at Roswell (1991) e The truth about the UFO crash at Roswell (1994), de Kevin Randle e Donald Schmitt e Crash at Corona, de Don Berliner e Stanton Terry Friedman (1997).

<p>Para completar a missão, ET precisa recolher objetos</p>
Para completar a missão, ET precisa recolher objetos
Foto: Reprodução

Ainda que divergissem alguns detalhes, as teorias apresentadas nesses livros seguiam a mesma lógica básica. Os destroços encontrados em Roswell seriam de uma nave alienígena que, por algum motivo desconhecido, teria se acidentado. Ao identificarem os destroços, os militares americanos teriam iniciado uma campanha de desinformação para acobertar a verdadeira origem do material, apresentando a versão oficial de que seriam restos de um balão meteorológico. O material teria sido na verdade encaminhado para análise em instalações secretas de pesquisa e escondido do público.

Os documentos oficiais

Em 1994, Steven Schifft, congressista do Novo México, pediu à GAO (General Accounting Office – Escritório Geral de Auditoria) que buscasse a documentação referente ao Caso Roswell. Quando a USAF recebeu a petição da GAO, publicou dois relatórios conclusivos sobre o caso: o primeiro, de 25 páginas, intitulado O relatório Roswell: a verdade diante da ficção no deserto do Novo México, foi publicado ainda em 1994 e se concentra na origem dos destroços encontrados. Já o segundo, publicado três anos depois e denominado O incidente de Roswell: caso encerrado, aborda os relatos de corpos de alienígenas. No primeiro relatório a USAF afirmava que os restos encontrados eram de balões do Projeto Mogul, altamente secreto, projetado para detectar possíveis testes nucleares soviéticos (o primeiro teste nuclear soviético só aconteceria em 1949). Para isso, detectores acústicos de baixa frequência eram colocados em balões lançados a altas altitudes. Outros pesquisadores também chegaram, de forma independente, à relação entre Roswell e o Projeto Mogul: Robert Todd e Karl Pflock, autores de Roswell: Inconvenient Facts and the Will to Believe.

Os pesquisadores do Projeto Mogul ainda vivos por ocasião da investigação foram entrevistados. O equipamento utilizado para pesquisas era carregado por uma série de balões (inicialmente de neopreno e mais tarde de polietileno) conectados entre si. Pendurado à série de balões ia um alvo de radar - uma estrutura multifacetada de compensado recoberto com papel-alumínio - utilizada para rastrear os balões após o lançamento.

A partir dos registros ainda disponíveis sobre o projeto, concluiu-se que os destroços encontrados em Roswell seriam provavelmente do quarto voo, ocorrido em 4 de junho de 1947. Este voo consistia em cerca de vinte e um balões meteorológicos de neoprene ligados entre si, um microfone sonda, explosivos para regular a altitude do aparelho, interruptores de pressão, baterias, anéis de lançamento e de alumínio, três pára-quedas de pergaminho reforçado de cor vermelha ou laranja e três alvos refletores de radar de um modelo não normalmente usado no continente dos Estados Unidos.

<p>Doodle do Google conta a história do Caso Roswell</p>
Doodle do Google conta a história do Caso Roswell
Foto: Reprodução

Já no relatório de 1997, a Força Aérea dos Estados Unidos afirmou que os estranhos corpos descritos por algumas das testemunhas eram na verdade bonecos de teste do Projeto High Dive. Concluiu-se que: diversas atividades da Força Aérea ocorridas ao longo de vários anos foram misturadas pelas testemunhas, que as lembraram erroneamente como tendo ocorrido em julho de 1947; os supostos corpos de alienígenas observados no Novo México se tratavam na verdade de bonecos de testes carregados por balões de alta altitude; as atividades militares suspeitas observadas na área eram as operações de lançamento e recuperação dos balões e dos bonecos de testes.

Os doodles do Google

O Google costuma comemorar datas importantes para a humanidade, como aniversários de invenções e personalidades ligadas à cultura e à política, por exemplo, com customizações do logo na página inicial do site de buscas. O primeiro doodle surgiu em 1998, quando os fundadores do Google criaram um logotipo especial para informar aos usuários do site que eles estavam participando do Burning Man, um festival de contracultura realizado anualmente nos Estados Unidos. O sucesso foi tão grande que hoje a companhia tem uma equipe de designers voltada especialmente para a criação dos logotipos especiais. Já foram criados mais de 300 doodles nos Estados Unidos e mais de 700 para o resto do mundo.

Fonte: Terra
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