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Irã condena jovens a prisão e chicotadas por dançar "Happy"

Seis jovens foram acusados de "participar da produção de um vídeo vulgar" e "manter relações ilícitas"

18 set 2014 - 03h59
(atualizado às 09h23)
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<p>O grupo foi detido no último mês de maio depois que o vídeo deles com a música de Pharell Williams se espalhou pela internet</p>
O grupo foi detido no último mês de maio depois que o vídeo deles com a música de Pharell Williams se espalhou pela internet
Foto: Getty Images

Um tribunal do Irã condenou seis jovens a chicotadas e penas de prisão por gravarem um vídeo dançando ao ritmo de "Happy", música de Pharrell Williams, informou a Campanha Internacional de Direitos Humanos no Irã, uma ONG com sede nos Estados Unidos.

O site da ONG assegura que os jovens foram julgados nesta semana. Eles foram acusados de "participar da produção de um vídeo vulgar" e "manter relações ilícitas". A condenação pela corte e de seis meses de prisão e 91 chicotadas para cada um - exceto uma das participantes, Reyhaneh Taravati, que teria sido condenada a um ano de prisão.

O grupo foi detido no último mês de maio depois que o vídeo, considerado provocador segundo os padrões morais da República Islâmica, se espalhou pela internet. Nele, os seis aparecem cantando alegremente a popular canção do cantor americano em terraços e ruas de Teerã e no interior de uma casa.

Clipe de 'Happy' ganha versão com personagens de Star Wars:

As meninas não usam o lenço com o qual obrigatoriamente todas as mulheres devem cobrir seu cabelo nem a capa sobre a roupa para ocultar suas formas e tapar suas nádegas, coxas e pernas.

Além disso, dançavam com os homens, uma violação do mais estrito código de comportamento islâmico que as autoridades iranianas tentam fazer respeitar no país, sobretudo na esfera pública.

Sob fiança

Um dia após a detenção foram postos em liberdade pagando uma fiança, à espera de julgamento. Na ocasião, a polícia confiscou seus telefones celulares, computadores e outros artigos pessoais.

Além disso, dois dos jovens compareceram na rede de televisão estatal "IRIB" para mostrar seu arrependimento por ter participado da gravação e assegurar que tinham sido enganados.

No programa também apareceu o chefe da polícia iraniana, Hoseyn Sayedinia, que advertiu aos que pretendam fazer vídeos similares que "serão identificados e se atuará contra eles".

EFE   
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