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Khamenei proíbe jovens de conversarem na internet no Irã

8 jan 2014 - 09h53
(atualizado às 10h45)
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O líder supremo iraniano, Ali Khamenei, publicou em seu site sua decisão de proibir que meninos e meninas que não se conhecem conversem pela internet.

O portal de notícias conservador "Rajanews" anunciou recentemente o que definiu como uma nova "fatwa", que esta semana apareceu no site do líder (leader.ir) em forma de resposta a uma pergunta de um fiel muçulmano.

Perguntado sobre "Qual é sua opinião sobre os chats online entre meninos e meninas?", o líder máximo espiritual e político do Irã respondeu: "Dada a imoralidade que habitualmente se aplica a esses casos, não é permitido".

O comentário do Khamenei aconteceu depois que o aplicativo chinês WeChat, amplamente usado no país asiático, foi bloqueado no Irã no mês passado.

Pouco depois, os usuários de redes como Instagram e Viber também sofreram problemas de conexão durante horas ou dias, mas, mais tarde todas as redes voltaram a funcionar.

No início de janeiro, o secretário do Comitê para determinar o Conteúdo Criminoso na web, Abdolsamad Jorramabadi, disse que os pedidos de filtragem de aplicativos como WeChat, Viber, Tango e WhatsApp será adiado até que o Irã desenvolva seus próprios aplicativos.

Segundo Jorramabadi, aplicativos que compartilham fotos, mensagens e voz pelo celular e pelo computador são perigosos porque "podem ser trocados através deles conteúdos criminosos" e, especificamente, porque "permitim colher e analisar informações de inteligência e enviá-las aos estrangeiros".

Mais de 5 milhões de páginas da internet e redes sociais como Facebook e Twitter são bloqueadas no Irã e só podem ser acessados através de programas antifiltros, o VPN.

O bloqueio também afeta aplicativos de celular, muitos dos quais já não podem ser baixados no país.

EFE   
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