Kim Dotcom diz que Mega pode expandir para e-mail, chat e vídeo
Fundador do Megaupload, Kim Dotcom indica que o sucessor do site fechado há um ano, o Mega, será mais do que um serviço de armazenamento
Kim Dotcom, o criador do Megaupload e, após o fechamento deste, do Mega, anunciou uma nova parceria para o serviço em seu prefil no Twitter: integração com o sistema de moeda virtual Bitcoin. Além disso, segundo Dotcom, o Mega deve se expandir para oferta de e-mail, chat por voz, vídeo e mobilidade.
Caso a expansão se confirme, o Mega poderá entrar em mercados de marcas conhecidas como Skype e Gmail.
Segundo o site The Next Web, tanto o serviço de VoIP quanto o e-mai do Google não ofecerem garantias suficientes à privacidade dos seus usuários porque têm como base os Estados Unidos, onde o governo americano pode pedir acesso aos dados em determinadas circunstâncias, como aconteceu com o seu serviço.
O Next Web diz que de todos os anúncios feitos por Dotcom, o menos provável é o voltado a tecnologias móveis, já que o Mega não possui um site para smartphones ou tablets.
O Mega foi lançado em janeiro, e somou 1 milhão de usuários no primeiro dia de atividade. O site deve ter uma rodada de investimentos em seis meses e abrir para o mercado em um ano e meio.
O advogado de Dotcom nos EUA, Ira Rothken, disse que o portal reagiu com rapidez às notificações contra o Mega, que oferece até 50 gigabytes de armazenamento gratuito e a possibilidade que os usuários compartilhem seus arquivos através de uma chave codificada. "O Mega não quer que seus serviços de armazenamento sejam usados para propósitos ilegais", advertiu Rothken.
O lançamento do Mega coincidiu com o primeiro aniversário da operação do FBI e da polícia neozelandesa contra Dotcom e seu portal Megaupload na mansão do hacker em Auckland.
Além de Dotcom, também foram detidos três de seus sócios, enquanto as autoridades fecharam o Megaupload, confiscaram seus bens, congelaram suas contas e realizaram outras detenções na Europa.
Os EUA acusam o Megaupload de ter causado mais de US$ 500 milhões em perdas à indústria do cinema e da música ao transgredir direitos autorais e obter com isso lucros de US$ 175 milhões.