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O internauta está mudando, diz presidente do Google Brasil

"Sim, está havendo uma mudança do internauta, mas não é uma ‘canibalização'", disse diretora de varejo do Google, Claudia Sciama

20 ago 2014 - 16h07
(atualizado às 16h30)
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Evento chega a sua sexta edição e aborda temas relacionados à internet como educação, varejo, imóveis e finanças
Evento chega a sua sexta edição e aborda temas relacionados à internet como educação, varejo, imóveis e finanças
Foto: Henrique Medeiros / Terra

O usuário de internet está mudando. Este foi o mote do Think with Google, evento da empresa americana realizado no Brasil que aborda em sua sexta edição temas da internet relacionados à educação, varejo, imóveis e finanças. Na rodada de palestras sobre varejo desta quarta-feira, o presidente do Google Brasil, Fábio Coelho apontou mudanças dos internautas ligadas ao consumo de conteúdo, como o vídeo.

“A gente tem um usuário cada vez mais transformado pela tecnologia. E temos um país mudando”, disse Coelho, para uma palestra repleta de profissionais da área de varejo e profissionais de agências de marketing. “Quando a gente fala de mídia, falamos de vídeo. Nunca se viu tanto vídeo como se vê hoje”, completou.

O discurso foi reforçado pela head de marketing e consumer insights do Google, Maria Helena Marinho. Entre as mudanças abordadas por Helena, a multitela (tablet, smartphone e TV de forma simultânea) já é utilizada por 40 milhões de brasileiros, sendo que 30% deles usam mais de um dispositivo móvel para concluir a compra.

Um dos motivos do crescimento para a executiva é que a internet não é mais elitizada. “A internet não é mais uma coisa de elite. Da população conectada, hoje a maioria é da classe”, disse Helena, ao mostrar um crescimento que mostra 54% dos internautas brasileiros são da Classe C. “O brasileiros está hiper conectado, ele tem hiper mobilidade e consome hiper informação. Ele está hiper entretido”.

A diretora de negócios da companhia americana, Claudia Sciama realçou que as mudanças estão cada vez mais curtas, pois o “ciclo de atualizações e inovações” está cada vez menor. Ela cita como exemplo o crescimento de buscas durante a Copa do  Mundo.

“A Copa do Mundo foi realmente muito boa, uma revolução digital. A internet teve três vezes mais acesso no período. Teve site de compras com pico de acesso maior que a Black Friday”, explica Claudia. “Sim, está havendo uma mudança do internauta, mas não é uma ‘canibalização’”.

Empresas e consumo

Durante o evento, o Google ainda trouxe representantes de empresas para dar seus exemplos de como o cenário está mudando. Helissom Lemos, country manager do Mercado Livre, disse que as mudanças são positivas, em especial com as novas formas de dispositivo móveis. “Hoje, cerca de 30% dos nossos usuários de nossa plataforma vem de dispositivos móveis”, afirmou Lemos.

Para Ilca Sierra, gerente de marketing do Magazine Luiza, o uso do Youtube auxiliou na expansão de sua marca durante a “Liquidação Fantástica”, promoção da empresa que acontece no começo de todo ano. A companhia de varejo brasileiro conseguiu atrair internautas para uma transmissão em tempo real via Youtube, mesmo com o seu site fechado durante as vendas, que dão até 70% de desconto.

David Belle, professor da Wharton University e especialista em consumo
David Belle, professor da Wharton University e especialista em consumo
Foto: Henrique Medeiros / Terra

“Através da transmissão ao vivo, nós conseguimos mostrar para os outros cinco mil municípios do Brasil como é a promoção em lugares que não têm loja”, explicou Ilca. Ao todo, a empresa teve 5,1 milhões de reproduções no período de 14 horas de transmissão. No entanto, Leo Cid Ferreira, CEO da Ad.Dialeto afirmou que ainda existe tem um “problema de cultura” quando o assunto é a relação entre varejo e internet. “O varejista ainda não acredita que consegue resultados com três dias de campanha na internet”, disse o publicitário.

Em outra palestra, a diretora global de vendas do Google Shopping, Shawn Salmon, afirmou que embora 80% dos usuários do Brasil tenha smartphone hoje, ainda há o problema da qualidade do acesso.

Por fim, o professor da Wharton University especializado em consumo, David Bell, ainda afirmou que o consumidor da internet vive em uma “jornada” e que eles querem produtos tanto off-line (fora da rede, no mundo físico), como online. 

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Fonte: Terra
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