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O que muda na sua timeline com a nova priorização anunciada pelo Facebook

30 jun 2016 - 16h16
(atualizado às 17h07)
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O Facebook vai dar mais importância aos posts de amigos e familiares na timeline de um usuário, além de destacar mais o número de compartilhamentos e nos comentários do que o número de "curtidas".

Cerca de 1,65 bilhão de pessoas usam a rede social criada por Mark Zuckerberg pelo menos uma vez por mês
Cerca de 1,65 bilhão de pessoas usam a rede social criada por Mark Zuckerberg pelo menos uma vez por mês
Foto: Getty Images

Ao anunciar a mudança, a rede social afirmou que seus usuários estavam preocupados por estarem perdendo "atualizações importantes" das pessoas que conheciam.

A medida reverte a tendência observada no Facebook de dar mais espaço para conteúdo postado pela imprensa ou por marcas.

Segundo o Facebook, os usuários afirmaram em várias pesquisas que queriam ver mais "conteúdo de amigos" e, por isso, iria alterar seu algoritmo para atender essa demanda.

"Nessa mudança, não estamos diferenciando se meu amigo compartilhou uma foto da filha ou se compartilhou um link para um artigo sobre os eventos atuais", disse à BBC o vice-presidente de gerenciamento de produto do Facebook, Adam Mosseri.

"Acreditamos que ambos são conteúdos que conectam as pessoas com seus amigos (...) e agora nosso sistema os valoriza mais."

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Compartilhamentos e comentários em um post terão mais influência do que o número de 'curtidas' que uma organização conseguiu
Compartilhamentos e comentários em um post terão mais influência do que o número de 'curtidas' que uma organização conseguiu
Foto: Getty Images

"É possível que alguns veículos de comunicação notem uma queda pequena porém notável no alcance, mas não acho que será uma mudança muito grande", acrescentou Mosseri.

Benefício?

A mudança no Facebook significa que as organizações que se concentraram em acumular muitas curtidas para aumentar o tráfego em seus posts podem não ter mais tanto sucesso na estratégia.

"Por muito tempo, o conselho do Facebook para veículos de comunicação e empresas era conseguir o máximo de seguidores que você pudesse", disse Joshua Benton, diretor do Laboratório de Jornalismo Nieman, da Universidade de Harvard.

"Mas, com o passar do tempo, o Facebook fez com que esse volume de seguidores ficasse cada vez menos importante. Primeiro, reduziu-se a fatia de seguidores que suas mensagens no Facebook podiam alcançar. Agora eles dizem que vão dar mais peso aos compartilhamentos de seus amigos e familiares do que aos de companhias e veículos de comunicação que você segue."

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"Vai ter um impacto real. Veículos de comunicação pensaram que o Facebook seria uma plataforma aberta que eles poderiam usar para chegar na audiência, mas agora eles precisam perceber que (o Facebook) tem seus próprios incentivos e objetivos e eles nem sempre se alinham com os deles", acrescentou.

'Amigos e família em primeiro'

O Facebook postou em seu blog que a companhia ainda quer identificar e espalhar posts que "informam" e/ou "divirtam", mas acrescentou que "amigos e família estão em primeiro lugar".

Mosseri, do Facebook, disse ainda que a mudança era necessária para contrabalançar o fato de que não apenas mais perfis profissionais estão publicando conteúdo no Facebook, como também publicam com frequência maior.

Uma consequência das mudanças é que os veículos de comunicação agora vão precisar pensar mais sobre como envolver a audiência indo além do objetivo de ter seus posts lidos ou assistidos.

"É importante publicar conteúdo que as pessoas queiram conversar a respeito. Compartilhar é uma forma muito boa de conversar sobre as coisas, e aquele conteúdo vai continuar tendo um bom desempenho na timeline", disse Mosseri. "Mas nós também valorizamos muito os comentários."

"Então, compartilhar conteúdo que leve as pessoas a querer conversar umas com as outras também é importante", prosseguiu o vice-presidente da rede social. "Estamos tentando garantir que forneceremos a experiência mais valiosa para as pessoas que usam nossos produtos todo dia. Acreditamos que, se fizermos isso, mais pessoas vão usar o Facebook e por mais tempo - o que vai ser bom para veículos de comunicação, será bom para nós e será bom para a experiência das pessoas".

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