Inventor do celular, Martin Cooper critica vício do público no aparelho
Ex-engenheiro da Motorola não está nada contente com o rumo que os telefones móveis estão tomando na vida das pessoas
Martin Cooper, engenheiro americano considerado o pai do celular, não está nada contente com o rumo que os aparelhos estão tomando na vida dos indivíduos. Ele afirmou que o problema é que as pessoas não param de olhar para eles.
A declaração foi feita em entrevista à Agence France-Presse (AFP). Cooper afirmou que o celular tem potencial “quase ilimitado”, mas pode tornar as pessoas viciadas.
"Fico péssimo quando vejo alguém atravessando a rua e olhando para o celular. Eles estão loucos. Mas depois que algumas pessoas forem atropeladas por carros, elas descobrirão", disse.
Relação de Cooper com o celular
Se hoje um celular pesa poucas gramas, é fino e compacto, isso é bem distante da realidade que o ex-funcionário da Motorola apresentou ao mundo na década de 1970.
Um pesado bloco com fios e circuitos usado para fazer a primeira chamada móvel em 3 de abril de 1973. Cooper era líder de uma equipe de designers e engenheiros, e estava em uma corrida para produzir a primeira tecnologia verdadeiramente móvel e evitar ficar de fora de um mercado emergente.
"Sabíamos que um dia todos teriam celulares. Estamos quase lá. Há mais assinaturas de celular no mundo do que pessoas. Então, parte do nosso sonho se tornou realidade", disse ele à AFP.
Ele revelou que tem um Apple Watch e o iPhone mais recente, no qual ele pula, intuitivamente, de seu e-mail para suas fotos, para o YouTube e para o controle de seu aparelho auditivo.
Ainda assim, o engenheiro se mostrou esperançoso. "Cada geração é mais inteligente do que a anterior. Eles aprenderão a usar o celular com mais eficiência. Mais cedo, ou mais tarde, os humanos vão descobrir isso", completou.