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Investida da Apple no meio empresarial se intensifica

Para especialistas, a Apple tenta compensar uma queda de três semestres consecutivos nas vendas do iPad

11 nov 2014 - 12h47
(atualizado às 16h45)
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<p>Os planos da Apple de desafiar l&iacute;deres do setor como a HP, Dell, Oracle e SAP est&atilde;o come&ccedil;ando a tomar forma</p>
Os planos da Apple de desafiar líderes do setor como a HP, Dell, Oracle e SAP estão começando a tomar forma
Foto: David Gray / Reuters

A Apple está embarcando em sua investida mais agressiva no terreno corporativo, contratando equipes de vendas dedicadas para conversar com clientes em potencial como o Citigroup e trabalhando em conjunto com diversos desenvolvedores, segundo duas fontes familiarizadas com os planos da companhia.

Especialistas dizem que a empresa americana espera compensar uma desaceleração gradual no crescimento, salientada pela queda por três trimestres consecutivos das vendas de iPads, ao ampliar sua presença em locais de trabalho.

Três meses após revelar uma parceria com a IBM para desenvolver aplicativos para clientes corporativos e vendê-los em dispositivos, os planos da Apple de desafiar líderes do setor como a HP, Dell, Oracle e SAP estão começando a tomar forma.

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A criadora do iPhone tem trabalhado de maneira próxima a um grupo de startups, incluindo a ServiceMax e a PlanGrid, que já são especializadas em vender aplicativos no mercado corporativo dos Estados Unidos.

As duas pessoas familiarizadas com os planos, mas que não podiam falar publicamente sobre, dizem que a Apple já está em conversas com outros desenvolvedores de aplicativos empresariais móveis para trazê-los para parcerias mais formais.

Tête-à-tête do vendedores

A Apple tem enviado equipes de vendas dedicadas para falar com vice-presidentes de informação (do inglês, "Chief Information Officer" ou "CIO") das empresas. Ao menos uma companhia de serviços financeiros, o Citigroup, tem participado de conversas para fechar um contrato, disse uma das fontes familiarizadas com o assunto à Reuters.

A Apple pode estar tentando replicar o modelo que serviu bem o iPhone: conquistar o cliente com softwares e conteúdo, e então fazer com que continuem voltando pelo hardware, que é o que gera a maior parte do lucro da Apple.

"Faz sentido, mas o diabo está nos detalhes", disse o analista John Rymer, da Forrester. "Os aplicativos precisam funcionar e ser econômicos. Eles podem criar soluções que são significativas o bastante para as pessoas e reduzir os custos em comparação ao que os clientes gastariam fazendo eles mesmos? Veremos".

A Apple não quis comentar o assunto.

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