iZettle quer 150 mil clientes de pagamentos móveis no País
A empresa chegou ao país em agosto de 2013 e formou uma joint venture com o banco Santander Brasil
De carona no movimento histórico de expansão do setor de cartões no Brasil, a empresa sueca de pagamentos móveis iZettle fez do país seu segundo mercado mais importante, e deve quadruplicar o número de clientes em pouco mais de um ano.
"Estamos prevendo chegar a 150 mil usuários até dezembro", disse nesta terça-feira a jornalistas o presidente-executivo da companhia no Brasil, Anders Norinder.
A empresa chegou ao país em agosto de 2013 e formou uma joint venture com o Santander Brasil, cujo principal produto é um equipamento que, acoplado a smartphones ou tablets, os transforma em POS , os terminais usados para processar pagamentos de compras com cartões.
O recurso tem sido mais amplamente usado, disse Norindes, por empreendedores individuais, como os profissionais de vendas diretas e taxistas, por exemplo.
Criada em 2010, a iZettle tem operações em mais de sete países, além de Brasil e da própria Suécia. A companhia, que tem entre os investidores a Mastercard e o próprio Banco Santander, captou 40 milhões de euros (aproximadamente R$ 130 milhões) para entrar em mais mercados.
Por aqui, a empresa têm crescido enquanto o ritmo dos gastos de brasileiros com cartões de crédito e de débito desacelera, acompanhando o continuado cenário de fraco crescimento da economia.
Desaceleração
Mais cedo neste mês, a Abecs, entidade que representa o setor, estimou que o segmento terá, em 2015, o sexto ano consecutivo de desaceleração. Diante disso, as empresas de meios de pagamento vêm ampliando o uso de novos canais, como telefones celulares, para acelerar, ou ao menos impedir, a queda nas vendas.
"Olhando para o que já aconteceu em outros mercados, o potencial de crescimento é enorme no Brasil", disse Norinder, que já presidiu no país as operações da montadora Volvo, também sueca.
Segundo estudo divulgado nesta terça-feira pela Visa, os 'pagamentos móveis' movimentam algo como US$ 1 bilhão por ano no País, o equivalente a apenas 0,5% dos pagamentos com cartões.
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