James Webb acaba de nos mostrar ondas de poeira estelar tão colossais que tornariam nosso sistema solar pequeno
WR-140 está localizado a cerca de 5 mil anos-luz do nosso sistema solar Imagem nos mostra as nuvens emanadas ao longo de 130 anos
O carbono é um dos elementos mais importantes para nossas vidas. O elemento número seis da tabela periódica é a base da química orgânica e, portanto, da vida como a conhecemos. Ele também é o protagonista de uma questão que há muito intriga os astrônomos: como foi a origem desse elemento tão onipresente no universo?
Ondas colossais
Imagens recentes tiradas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) podem nos ajudar a responder a essa pergunta. Os registros mostram a evolução das ondas de poeira espacial rica em carbono que se propagam do sistema binário Wolf-Rayet 140 (WR-140), cujas cristas são separadas por uma distância de aproximadamente 1,4 trilhão de quilômetros.
Wolf-Rayet 140
WR-140 é um sistema binário composto por duas estrelas relativamente massivas, localizadas na Via Láctea, a cerca de 5 mil anos-luz do nosso sistema solar. Essas estrelas formam uma órbita estreita e alongada pela qual viajam a cada oito anos. Uma órbita que nas imagens está escondida pelo círculo branco no centro da captura.
O movimento orbital dessas duas estrelas é responsável pela propagação ondulada das nuvens de poeira que podem ser vistas nas imagens do JWST. As 17 ondulações na imagem são causadas pela colisão do vento estelar expelido por cada uma das duas estrelas do sistema.
De 2022 a 2025
As duas observações do JWST mostram a luz que nos atinge no infravermelho médio. O infravermelho médio é, explica a equipe, o segmento do espectro em que essas ondas de poeira podem ser melhor...
Matérias relacionadas
Alemanha nazista: crianças alemãs ainda sofrem as consequências do trabalho de Johanna Haarer
Contrariando EUA e Holanda, a ASML decidiu construir uma fábrica em um país sensível: a China
Streamings podem ser taxados no Brasil — dinheiro irá para financiar obras brasileiras
"O declínio caiu abaixo da média": o gelo marinho da Antártica está mais forte do que nunca