James Webb captura fusão de galáxias que brilha mais que 1 trilhão de sóis
O sistema Arp 220 está a 250 milhões de anos-luz da Terra e emite 300 vezes mais luz do que toda a nossa Via Láctea
Uma foto do Telescópio Espacial James Webb divulgada na última segunda-feira (17) revelou duas galáxias chamadas coletivamente de Arp 220, que agora estão se fundindo a 250 milhões de anos-luz da Terra na constelação de Serpens. Segundo os pesquisadores, a colisão brilha no infravermelho com a luz de mais de um trilhão de sóis.
Não se sabe ao certo quando e como elas se fundiram, mas pesquisadores acham que as galáxias de Arp 220, que são espirais como a Via Láctea e têm caudas semelhantes girando em seus arredores, começaram a se misturar há 700 milhões de anos.
Para fins de comparação, a nossa própria Via Láctea se aproximará de Andrômeda nos próximos quatro a cinco bilhões de anos, e a própria fusão se estenderá por 10 bilhões de anos.
A fusão das galáxias
Em uma descrição no site oficial do telescópio, os membros da equipe do James Webb escreveram que quando as galáxias de Arp 220 começaram a se fundir, o gás e a poeira desencadearam uma intensa formação estelar — sendo que a maior parte dela se concentrou em suas regiões centrais empoeiradas.
“A quantidade de gás nesta pequena região é igual a todo o gás em toda a Via Láctea”, escreveram.
O Telescópio Espacial Hubble da Nasa descobriu anteriormente os núcleos das galáxias-mãe separadas por 1.200 anos-luz. Cada um deles contém um anel giratório de formação de estrelas que emite a deslumbrante luz infravermelha tão aparente nesta visão do Webb.