James Webb detecta hidrogênio na galáxia mais antiga e distante já conhecida
Galáxia JADES-GS-z13-1-LA foi anunciada este ano
Pesquisadores utilizam o Telescópio Espacial James Webb (JWST), da Nasa, e relataram a detecção de uma emissão incomum de hidrogênio na galáxia mais antiga conhecida, JADES-GS-z13-1-LA.
O estudo foi publicado na revista de pré-impressão arXiv e ainda não revisado por pares.
A pesquisa mostra um pico na linha de emissão Lyman-alfa, que não era esperado nesta fase do Universo, conhecida como "idade das trevas".
A radiação Lyman-alfa é uma linha espectral do hidrogênio, resultante da transição de elétrons entre níveis de energia. Isso quer dizer emite um fóton (partículas que compõem a luz) com comprimento de onda de aproximadamente 121,6 nanômetros, na região do ultravioleta.
Essa linha é importante para estudar a presença de hidrogênio em galáxias distantes e as condições do Universo primitivo.
Estudo
A galáxia estudada pelo astrônomo Kevin Hainline, autor do artigo, foi observada com um desvio para o vermelho de 13 a 14, com cerca de 300 milhões de anos após o Big Bang.
De acordo com os pesquisadores, embora a presença de hidrogênio em galáxias distantes não seja novidade, a emissão da linha Lyman-alfa levanta questões, já que a radiação ultravioleta era suposta estar obscurecida pelo hidrogênio durante essa época.
O processo de reionização do hidrogênio ocorreu cerca de um bilhão de anos após o Big Bang, quando as primeiras estrelas e quasares começaram a clarear o espaço.
Os pesquisadores ainda não têm uma explicação definitiva para a emissão observada. Algumas teorias sugerem que uma reionização anterior poderia ser uma possibilidade, enquanto outros consideram a influência de um buraco negro supermassivo em fase de acreção como uma fonte potencial de radiação ionizante.
Agora, novas observações são necessárias para entender esse fenômeno.