James Webb fotografa belo momento da morte de uma estrela supernova
Chamada de 1987A, ela tem sido alvo de observações intensas em comprimentos de onda que vão dos raios gama ao rádio há quase 40 anos
Sob os olhares atentos do Telescópio Espacial James Webb (JWST), o mundo pôde ver detritos de uma estrela que explodiu há 36 anos em uma imagem compartilhada nesta quinta-feira (31) pela Nasa.
A Câmara de Infravermelho Próximo (NIRCam) do observatório espacial capturou esses destroços estelares de uma supernova em expansão com uma resolução nunca vista anteriormente.
"Antes do Webb, o agora aposentado telescópio Spitzer observou esta supernova no infravermelho durante toda a sua vida, produzindo dados importantes sobre como as suas emissões evoluíram ao longo do tempo. No entanto, nunca foi possível observar a supernova com tanta clareza e detalhe", escreveu a Nasa em seu blog.
- Nomeada como supernova 1987A, essa explosão estelar, identificada inicialmente em 1987, surge como a mais próxima observada desde o século 17, quando a supernova de Kepler iluminou a Via Láctea em 1604;
- Situada a cerca de 168 mil anos-luz de distância da Terra, na Grande Nuvem de Magalhães, a 1987A resulta da destruição de uma estrela supergigante azul conhecida como Sanduleak-69 202.
A imagem
Aa imagem revela uma estrutura central como um buraco de fechadura. O centro está repleto de gás e poeira aglomerados ejetados pela explosão da supernova.
De acordo com a Nasa, a poeira é tão densa que mesmo a luz infravermelha próxima que Webb detecta não consegue penetrá-la, formando o “buraco” escuro no centro..
Um anel equatorial brilhante envolve o buraco da fechadura interno, formando uma faixa ao redor da cintura que conecta "dois braços" fracos de anéis externos em forma de ampulheta.
O anel equatorial, formado a partir de material ejetado dezenas de milhares de anos antes da explosão da supernova, contém pontos quentes brilhantes, que apareceram quando a onda de choque da supernova atingiu o anel, segundo a publicação.