James Webb localiza galáxia mais distante do universo
Segundo estudo, formação remonta à expansão inicial do universo, cerca de 320 milhões de anos após o Big Bang
Estudos publicados nesta terça-feira (4) apontam que o Telescópio Espacial James Webb (JWST) localizou a galáxia mais distante já identificada. De acordo com a pesquisa, a formação JADES-GS-z13-0 remonta à expansão inicial do universo, cerca de 320 milhões de anos depois do Big Bang.
“Webb atinge novo marco 📍 na busca por galáxias distantes, tendo descoberto algumas que datam de menos de 400 milhões de anos após o #BigBang 🎇 A luz dessas galáxias levou mais de 13,4 bilhões de anos para chegar até nós”, divulgou a página oficial Esa Webb Telescope.
O telescópio James Webb (JWST) já identificou inúmeras galáxias “candidatas” por meio de espectro infravermelho. Esse espectro é um comprimento de onda invisível ao olho humano e que permite voltar mais longe no tempo.
Com a tecnologia, é possível identificar a idade das galáxias através de suas luminosidades.
Publicado na revista Nature Astronomy, o estudo afirma que encontrar e caracterizar as primeiras galáxias que iluminaram o início do universo na aurora cósmica é fundamental para entender as condições físicas e os processos que levaram à formação das primeiras estrelas.
“Nos primeiros meses de operação, imagens do Telescópio Espacial James Webb (JWST) foram usadas para identificar dezenas de candidatas a galáxias com desvio para o vermelho (z) maior que 10, menos de 450 milhões de anos após o Big Bang”, cita a o estudo.
A galáxia mais distante localizada pelo JWST, denominada JADES-GS-z13-0, se formou "320 milhões de anos após o Big Bang" e sua luz é a mais afastada já observada até hoje pelos astrônomos, explicou à AFP Stéphane Charlot, do Instituto de Astrofísica em Paris, um dos autores do estudo.
Entenda como funciona o James Webb
O James Webb foi lançado em 24 de dezembro de 2021, após mais de 30 anos de trabalho em um dos projetos mais esperados de toda a história da astronomia.
O aparelho é um resultado de uma colaboração internacional entre a Nasa, agência espacial americana, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA).
É o sucessor do Telescópio Espacial Hubble. Foi equipado com instrumentos científicos de ponta que permitem que ele estude uma ampla gama de fenômenos cósmicos com nível de detalhe inédito. O equipamento vem observando desde a formação de estrelas e galáxias até a evolução do universo como um todo.
Ele é importante para a astronomia porque pode ajudar a responder algumas das perguntas mais fundamentais da humanidade, como detalhes da formação de nosso universo primitivo.