Japão mantém esperanças de restaurar lander na Lua após dificuldades com energia
Agência espacial japonesa afirma que alterações na direção dos raios solares podem fazer com que painéis voltem a gerar energia
A Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa (JAXA) afirmou nesta segunda-feira (22) que há esperança de recuperação de sua missão lunar temporariamente interrompida por problemas elétricos.
O SLIM (do inglês Smart Lander for Investigating Moon), que chegou ao satélite natural na sexta-feira (19), foi desativado devido a uma falha na geração de energia de suas baterias solares. O quadro pode ser revertido quando a luz solar atingir seus painéis, de acordo com a JAXA.
A missão Moon Sniper da JAXA posicionou o Japão como quinto país a realizar uma alunissagem — termo técnico para um pouso suave na Lua.
No entanto, a missão foi interrompida devido a uma falha na captação de luz solar nos painéis da sonda que gerariam energia elérica.
Como medida de precaução, a JAXA desconectou a bateria do lander, aos 12%, para evitar complicações no reinício. A agência ainda está analisando os dados coletados para verificar se o pouso ocorreu no local exato planejado.
Antes do desligamento do SLIM, a missão transmitiu dados técnicos e imagens da descida e da superfície lunar.
A missão SLIM tinha como objetivo explorar a superfície da Lua e fornecer informações sobre os recursos hídricos do satélite natural, essenciais para o estabelecimento de futuras bases lunares.
A Moon Sniper incluiu também o lançamento de duas sondas: uma equipada com transmissor e outra, um mini-rover desenvolvido em colaboração com uma empresa de brinquedos, projetada para percorrer a superfície lunar e transmitir imagens para a Terra.
A JAXA manifestou satisfação com o sucesso do pouso, apesar dos desafios subsequentes. Novos anúncios sobre os resultados da missão e o status do SLIM são esperados ainda esta semana.
A missão japonesa ocorre após o lançamento fracassado de uma espaçonave comercial dos EUA para a Lua e um módulo de pouso comercial japonês que colidiu com a o satélite no ano anterior.