Jogos Olímpicos precisam se conectar com gamers para seguirem relevantes, diz presidente do COI
O Comitê Olímpico Internacional (COI) precisa se conectar com os centenas de milhões de gamers em todo o mundo para seguir relevante com a geração mais jovem, disse o presidente do órgão, Thomas Bach, nesta sexta-feira.
O COI tem trabalhado no desenvolvimento de relações com os gamers e a indústria, mas rejeitou muitos dos jogos por serem violentos demais e não alinhados com seus valores olímpicos.
É uma atitude desesperada, porém, explorar o mercado jovem, conforme a audiência na TV das Olimpíadas envelhece rapidamente.
Bach pediu a seus membros durante a sessão do COI que olhem para além das diferenças e encontrem um terreno comum que permita às federações desenvolver seus próprios jogos adequados para um público jovem e também desenvolva regulação.
"Temos que reconhecer que não somos parte isolada da sociedade", disse Bach. "Não podemos ignorar nosso envolvimento e precisamos nos manter conectados. Temos que explorar as oportunidades".
Os comentários de Bach vieram após uma apresentação do presidente da Federação Internacional de Ciclismo (UCI), David Lappartient, que chefia o grupo de articulação com e-sports e jogos criado pelo COI.
Lappartient disse que há cerca de 2,2 bilhões de gamers ativos em todo o mundo, com cerca de 150 milhões envolvidos em e-sports. Ele disse que 75% das crianças de 12 a 17 anos jogam algum tipo de videogame.
"Definimos muito claramente o que nos separa dessa indústria e, em particular, em relação aos valores", disse Bach. "Há uma linha vermelha no que diz respeito ao conteúdo de alguns jogos".
"Não queremos ter nada com jogos de assassinatos ou que promovam discriminação."