Juiz rejeita pedido do Uber para não divulgar emails de presidente em ação judicial
Um juiz federal dos Estados Unidos rejeitou pedido da Uber Technologies para não divulgar emails do presidente-executivo, Travis Kalanick, em uma ação judicial na Califórnia que acusa o popular serviço de caronas de enganar clientes sobre como compartilha gorjetas com seus motoristas.
A decisão do juiz distrital Edward Chen em San Francisco foi o mais recente revés para o Uber, que gerou críticas em todo o mundo sobre se o seu serviço está em conformidade com leis locais e se seus motoristas tiveram antecedentes devidamente checados.
Chen disse que a decisão de 26 de novembro da juíza federal, Donna Ryu, de que o demandante no processo pode obter emails de Kalanick e do chefe de operações globais, Ryan Graves, sobre práticas da Uber não foi nem "claramente errada", nem legalmente incorreta.
Representantes do Uber não responderam de imediato pedidos de comentários sobre o assunto.
A ação foi ajuizada em 8 de janeiro de 2014 por Caren Ehret, uma cliente do Uber de Illinois, e busca ser classificada como ação coletiva.
Ehret acusa o Uber de enganar clientes ao divulgar que uma gratificação de 20 por cento sobre as tarifas é "adicionada automaticamente para o motorista" quando a empresa, em vez disso, mantém uma "parte substancial" para si.
Ela afirma que isso fez ela e outros clientes a pagarem a mais pelo serviço, violando leis de proteção aos consumidores da Califórnia. O processo pede ressarcimento de danos e medidas punitivas não informadas.
Fundado em 2009, o Uber opera atualmente em cerca de 250 cidades em seis continentes. A empresa obteve um financiamento no mês passado que a avaliou como valendo cerca de 40 bilhões de dólares.
(Por Jonathan Stempel)