Kaspersky Lab processa administração Trump por proibição de software
A empresa de antivírus Kaspersky Lab, com sede em Moscou, entrou com uma ação contra a administração Trump em um tribunal federal dos Estados Unidos nesta segunda-feira, argumentando que o governo norte-americano a privou de seus direitos ao proibir o uso de seu software por agências governamentais dos EUA.
O processo é o mais recente esforço da Kaspersky Lab para se afastar de alegações de que é vulnerável à influência do Kremlin.
O Departamento de Segurança Interna dos EUA, em setembro, emitiu uma orientação para que as agências civis do país removessem a Kaspersky Lab das suas redes de informática no prazo de 90 dias. O pedido ocorreu em meio a uma crescente preocupação entre as autoridades norte-americanas de que o software poderia possibilitar a espionagem russa e ameaçar a segurança nacional.
A proibição foi regulamentada na semana passada, quando o presidente Donald Trump assinou uma legislação que proíbe o uso da Kaspersky Lab em agências civis e militares.
A Kaspersky Lab negou repetidamente que tenha vínculos com qualquer governo e disse que não ajudaria um governo com espionagem cibernética.
"O Departamento de Segurança Interna prejudicou a reputação da Kaspersky Lab e suas operações comerciais sem provas de infrações cometidas pela empresa", disse o fundador da empresa, Eugene Kaspersky, em uma carta aberta à agência publicada nesta segunda-feira.
O Departamento de Segurança Interna não respondeu a um pedido de comentário.