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King: 'falhamos 83 vezes até o sucesso do Candy Crush'

"'Falhar rápido', foi isso que aprendi nesta indústria games, diz Johm Almbecker, programador-líder da empresa sueca

7 nov 2014 - 12h08
(atualizado às 12h21)
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<p>Nós fizemos em 83 jogos e apenas um se tornou um sucesso, disse John Almbecker em conversa com jornalistas</p>
Nós fizemos em 83 jogos e apenas um se tornou um sucesso, disse John Almbecker em conversa com jornalistas
Foto: Henrique Medeiros / Terra

O programador-líder do Candy Crush, John Almbecker, revelou no Ericsson Business Innovation Forum, realizado em Estocolmo, que a empresa sueca King falhou 83 vezes antes de atingir o sucesso com o game para aparelhos móveis ‘Candy Crush Saga’. “'Falhar rápido'. Foi isso que aprendi nesta indústria. Nós fizemos 83 jogos e apenas um se tornou um sucesso”, afirmou. “O que fazer quando a criação de um jogo falha? Primeiro tente consertar. Se ainda assim não tiver sucesso, corte o jogo e siga sua vida”.

A conversa com jornalistas foi durante o painel que tratou do sucesso da Suécia no mercado de jogos eletrônicos. De acordo com Per Strömback, presidente da Swedish Game Industry, um das áreas mais prósperas do país. “Hoje, 700 milhões de pessoas no mundo todo jogam games produzidos na Suécia. Ou seja, uma em cada sete pessoas no planeta”, diz o executivo, que também é programador. “Apenas o Battelfield  (jogo em primeira pessoa de guerra) é o produto cultural mais exportado da Suécia desde os discos do Abba”, comentou em tom de brincadeira.

<p>Um terço do mercado nos Estados Unidos está entre pessoas de 29 a 40 anos de idade, diz Rebecca Angstrong</p>
Um terço do mercado nos Estados Unidos está entre pessoas de 29 a 40 anos de idade, diz Rebecca Angstrong
Foto: Henrique Medeiros / Terra

Outros números sustentam a indústria que teve um crescimento de 640% no lucro obtido no ano passado, quando comparado a 2012. Atualmente, são 2.534 trabalhadores nesta área, 84% homens e 16% mulheres, e são 170 companhias ante 117 de 2011. “Com o crescimento das redes de jogadores do Playstation, PC e Xbox, nós paramos de produzir jogos para suecos e começamos a produzir jogos para o mundo”, afirma Strömback.  

Para o executivo, o segredo está na cultura do sueco desenvolvida em longas noites de inverno. Neste período, depois das 16h30, Estocolmo vira noite. Segundo ele, por serem sempre negativos e terem baixa autoestima, o clima “hipster e cult” domina, além do costume de trabalho em equipe. “Nós gostamos de trabalhar em conjunto, nada individualista." 

Strömback, que preferiu continuar citando futebol, levantou a questão: “Quando o Brasil perdeu a Copa para Alemanha em julho, foi pelo Neymar estar machucado ou por que a Alemanha jogou coletivamente? Pensem nisso”.

Futuro dos games e novo Candy Crush

Rebecca Angstrong, responsável pela pesquisa do consumo de games da Ericsson mostra que o setor de games não é apenas produto para criança. “Hoje todo mundo tem aquela figura de um rapaz de 15 a 29 anos jogando em frente a TV. Isso é lenda. Um terço do mercado nos Estados Unidos está entre pessoas de 29 a 40 anos. E metade dos jogadores já são mulheres”, diz a pesquisadora.

Nova versão do game da King, Candy Crash Soda
Nova versão do game da King, Candy Crash Soda
Foto: Henrique Medeiros / Terra

Estudo citado por ela arrisca apontar o futuro do setor ao questionar os gamers: o que eles desejam?  “Hoje o jogador não tem medo de arriscar. Ele quer novidade, quer imersão. (...) Ele deseja tecnologia 4D, sensores e interações complementares”. Para Per Strömbäck, presidente da Swedish Game Industry, o setor ainda carece de algumas iniciativas: “Precisamos de concorrência. Com concorrência, desenvolvemos jogos melhores, temos mais criatividade e mais trabalhadores”.

No entanto, se a expectativa é de uma expansão para o mercado mundial, a King, do Candy Crush, afirma que não prevê apostas fora da Europa, sem planos, portanto, para a América Latina. Atualmente, a empresa possui sede em Londres e cerca de mil trabalhadores no velho continente, nos Estados Unidos e em Cingapura. Enquanto isso, Almebecker decidiu mostrar em primeira mão a nova versão do jogo, o ‘Candy Crush Soda’, que substitui a figura dos doces por refrigerantes.

O jornalista viajou a convite da Ericsson.

Fonte: Terra
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