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Lâmpadas germicidas reduzem infecção por covid, mas podem criar poluentes

Pesquisa concluiu que as lâmpadas ultravioletas germicidas (UVC) reduzem a infecção por vírus como o da covid, mas deixam compostos nocivos

8 dez 2022 - 15h06
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Resultados indicaram que lâmpadas UVC diminuiriam significativamente o risco de infecção por vírus
Resultados indicaram que lâmpadas UVC diminuiriam significativamente o risco de infecção por vírus
Foto: Arek Socha / Pixabay

Sistemas de lâmpadas chamadas ultravioletas germicidas (UVC) são capazes de inativar patógenos transportados pelo ar, como o vírus da covid. Porém, pesquisadores relataram na revista científica Environmental Science & Technology Letter um conflito: ao mesmo tempo em que removem os vírus no ambiente, elas deixam poluentes no ar.

A lâmpada, também chamada de UVC ou UV germicida, brilha a 254 nanômetros (nm), comprimento de onda prejudicial à pele e aos olhos humanos. Isso exige que os aparelhos sejam instalados perto do teto ou dentro de dutos de ventilação. Por ser mais segura e alcançar resultados semelhantes, a lâmpada de 222 nm tem sido mais sugerida.

Ma a luz UVC pode levar a uma série de reações. Ela quebra moléculas no ar, o que forma oxidantes fortes, com radicais orgânicos de hidroxila e ozônio. Depois, eles podem ainda se transformar em compostos orgânicos voláteis (COV), presentes no ar em peróxidos e compostos carbonílicos.

Pesquisa recomendou o uso das lâmpadas UVC apenas em ambientes com alto risco de infecção
Pesquisa recomendou o uso das lâmpadas UVC apenas em ambientes com alto risco de infecção
Foto: Pixabay

Os oxidantes fortes e radicais orgânicos são conhecidos na natureza por sofrerem reações secundárias para formar COVs adicionais e material particulado — e alguns desses compostos fazem mal à saúde. No entanto, os níveis de compostos potencialmente gerados nessas reações ainda não haviam sido estudados. 

Funciona, mas a que custo?

Pensando nisso, os pesquisadores Zhe Peng, Shelly Miller e Jose Jimenez, da Sociedade Americana de Química, usaram modelos de computador para avaliar o possível impacto que tipos de lâmpadas desinfetantes de ambientes poderiam causar. A simulação analisou a taxa de remoção do vírus SARS-CoV-2, da covid-19, e a quantidade de COVs gerados em três cenários com diferentes taxas de ventilação.

Os resultados encontrados indicaram que sim, as lâmpadas UVC diminuiriam significativamente o risco de infecção pelo vírus. Contudo, embora elas tenham produzido apenas pequenas quantidades de COVs secundários, ozônio e material particulado, os níveis não eram desprezíveis. 

Dessa forma, a equipe recomendou o uso das lâmpadas UVC apenas em ambientes com alto risco de infecção, em que o benefício de remover os vírus supera o impacto dos poluentes atmosféricos gerados. Porém, deve-se lembrar que a simulação foi feita em sistemas de computador, e as condições podem ser diferentes no mundo real. 

Fonte: Redação Byte
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