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Larva de 46 mil anos é revivida após ser descongelada na Sibéria

Verme não estava realmente morto, mas em um estado de dormência onde suas funções corporais foram reduzidas a níveis mínimos

31 jul 2023 - 11h10
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Verme de 46 mil anos foi "reanimado" por cientistas
Verme de 46 mil anos foi "reanimado" por cientistas
Foto: Anastasia Shatilovich ,Vamshidhar R. Gade ,Martin Pippel,Tarja T. Hoffmeyer,Alexei V. Tchesunov,Lewis Stevens,Sylke Winkler,Graham M. Hughes,Sofia Traikov,Michael Hiller,Elizaveta Rivkina,Philipp H. Schiffer ,Eugene W. Myers,Teymuras V. Kurzchalia

Larvas de 46 mil anos foram revividas após serem retiradas de um estado de dormência enquanto estavam congeladas no permafrost siberiano, uma camada de subsolo congelado.

A descoberta foi publicada recentemente na revista PLOS Genetic e contou com cientistas do Instituto de Zoologia da Universidade de Colônia, do Instituto Max Planck de Biologia Celular e Genética Molecular (MPI-CBG) em Dresden e do Centro de Biologia de Sistemas de Dresden (CSBD).

Os cientistas analisam desde 2018 os vermes descongelados. Com a análise aprofundada sobre o achado, descobriram que o animal pertence a uma espécie completamente desconhecida, nomeada agora como Panagrolaimus kolymaensis

As larvas não estavam realmente mortas, mas em um estado de dormência onde suas funções corporais foram reduzidas a níveis mínimos — o que especialistas chamam de criptobiose.

Os cientistas analisaram plantas encontradas próximas às larvas com datação por radiocarbono, método que utiliza a quantidade de carbono-14 em materiais orgânicos para determinar o tempo de conservação, e estimaram a idade dos organismos.

Como é possível?

Essas lombrigas usam um mecanismo semelhante ao das larvas modernas, chamadas Caenorhabditis elegans, para entrar em estado de dormência. 

As espécies produzem um açúcar, a trealose, quando ficam levemente desidratadas. Se forem congeladas no momento certo, este resíduo produzido pela desidratação pode servir como substrato e ajudá-las a resistir ao congelamento milenar.

“É super fascinante ver de repente a vida, animais vivos rastejando para fora de um pedaço de solo que está congelado há 46.000 anos”, disse Philipp Schiffer, um dos autores do estudo, à agência de notícias Reuters.

Fonte: Redação Byte
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