Last of Us: veja como fungo da vida real transforma insetos em zumbis

O Cordyceps, fungo que infecta humanos e os transforma em seres violentos e irracionais em “The Last of Us”, existe na vida real e, ainda que não afete humanos, produz efeitos semelhantes aos demonstrados na série em insetos. 

Ao estabelecer contato com os insetos, o fungo os contamina por meio dos esporos, contaminando o corpo e o cérebro dos invertebrados. Ao dominar o cérebro dos animais, o fungo literalmente “os obriga” a realizar as atividades que deseja, da mesma forma que vemos em obras de ficção científica por aí. 

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Existem mais de 400 espécies de Cordyceps conhecidas, e elas são bem comuns em áreas de florestas tropicais, como as brasileiras. Eles são considerados parasitas ou endoparasitas – ou seja, que vivem dentro dos seus hospedeiros. 

Depois da infecção, o comportamento dos insetos é totalmente alterado e eles se tornam “zumbis”, controlados pelo fungo que se instaurou. Os tecidos do animal também são substituídos e o corpo é modificado. O fungo faz com que os bichinhos caminhem até um lugar bem alto em alguma planta para se “esconderem” antes de morrer. 

A região tropical possui as condições perfeitas de temperatura e umidade para que o fungo se desenvolva – ou seja, para que a quantidade de esporos se multiplique. A incubação desses fungos pode demorar até três semanas, e no final, eles podem usam o corpo do hospedeiro morto para lançar mais esporos para longe, infectando mais insetos. 

A capacidade de infecção dos Cordyceps é bem grande, e ele é capaz de dizimar formigueiros inteiros. Porém, isso não é necessariamente ruim, porque às vezes uma espécie existe em quantidades muito grandes. E esses organismos que transformam insetos em "zumbis" promovem um equilíbrio para o ecossistema.