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Macaco controla braço robótico com a mente em experimento chinês

Através de um novo tipo de interface cérebro-máquina, cientistas chineses permitem que macaco controle um braço robótico com o poder da mente em experimento

9 mai 2023 - 16h18
(atualizado às 19h27)
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A busca pela interface cérebro-computador ideal é o objetivo de inúmeros grupos de pesquisa e empresas ao redor do mundo, como a Neuralink. Agora, cientistas da Universidade de Nankai, na China, afirmam ter dado um importante passo nessa jornada ao fazer com que um macaco controle um braço robótico com a mente, após receber implante em cirurgia minimamente invasiva.

Apesar da demonstração na qual o macaco controla o braço mecânico, que ocorreu na última semana, nenhum estudo científico descrevendo a estratégia e os resultados da tecnologia foi publicado em uma revista científica. Mais detalhes sobre a interface devem ser divulgados em breve.

Entenda como um macaco conseguiu controlar o braço robótico

Nas imagens do experimento divulgadas pelo jornal Beijing Daily, é possível ver o macaco isolado em uma caixa, com uma abertura para a cabeça. A montagem sugere, que através da nova forma de controle, a cobaia emite comandos (sinais elétricos do cérebro) para que o braço se aproxime e o alimente com uma espécie de petisco.

A seguir, veja a demonstração completa, com legendas em chinês:

Como foi a cirurgia que possibilitou o controle mental do braço mecânico?

Segundo os pesquisadores chineses, foi implantado no animal um aparelho para registar as ondas cerebrais, através de eletrodos, fixados na parede cerebrovascular. Dessa forma, os sinais de eletroencefalograma (EEG) é que fazem com que o macaco controle ativamente um braço mecânico, com o "poder da mente".

A diferença para as outras estratégias adotadas até o momento, como a da Neuralink, é que não foi necessário perfurar o crânio do animal para a instalação de nenhum microchip, o que é um procedimento altamente invasivo e com elevado risco de infecção.

Foto: Ivankmit/Envato Elements / Canaltech

No atual exemplo, a equipe inseriu um stent (tubo expansível) com um sensor de EEG na veia jugular do animal. Através da técnica, foi possível fixar o sensor no córtex motor do cérebro — a área responsável pelo controle do movimento corporal. Após o processo, este é capaz de capturar sinais elétricos e os enviar a um transmissor embutido próximo ao pescoço do animal, que está conectado a dispositivos externos.

Próximas etapas da pesquisa chinesa

No futuro, caso demonstre ser segura e eficaz em mais cobaias, a nova interface cérebro-máquina deve ser testada em humanos. A ideia por trás do feito está em desenvolver dispositivos para o auxílio de pacientes que sofreram traumas e, por isso, perderam a capacidade de movimento.

Vale destacar que, além da equipe da Universidade de Nankai, o experimento contou com a participação de membros do Hospital Geral do Exército Popular de Libertação da China e da empresa Shanghai HeartCare Medical Technology, focada no desenvolvimento de dispositivos médicos na área da neurologia.

Fonte: Universidade de Nankai  

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