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Magalu e WEG são apostas do JPMorgan para inovação e tecnologia

Empresas brasileiras foram selecionadas para compor a cesta de benchmark de inovação do JPMorgan; entenda o que isso significa na prática

22 jun 2024 - 23h06
(atualizado em 23/6/2024 às 23h39)
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Nesta semana, o JPMorgan considerou o Magazine Luiza e a Embraer como empresas que têm potencial para representar avanços de tecnologia na América Latina. Ambas foram selecionadas para compor a chamada cesta de benchmark de inovação do banco estrangeiro.

Foto: Reprodução/Magazine Luiza / Canaltech

Com isso, o objetivo é aumentar a exposição das empresas no Morgan Stanley Capital International Latam, sinalizando as escolhas delas em relação a inovação e tecnologia para o mercado e encorajando o aporte de investimentos.

JPMorgan classificou Magalu como uma das empresas impulsionadas pela inovação na América Latina (Foto: Thelma Vidales)
JPMorgan classificou Magalu como uma das empresas impulsionadas pela inovação na América Latina (Foto: Thelma Vidales)
Foto: Canaltech

Para cumprir esse propósito, o JPMorgan classificou companhias com valor de mercado acima de US$ 500 milhões e volume médio de ações negociadas por dia (ADTV) de US$ 1 milhão em três meses em três grupos distintos:

  • Inovação pura;

    Expostas à inovação;

    Impulsionadas pela inovação.

Magalu impulsionada pela inovação

O JPMorgan enxerga o Magalu como uma companhia em processo de integração de inovação em suas operações. O banco norte-americano entende que a varejista não é uma empresa de tecnologia em sua essência, mas está comprometida em adotar tecnologias e práticas de inovação para se adaptar e evoluir.

A escolha acontece meses após o Magalu anunciar o lançamento do Magalu Cloud. A plataforma já oferece serviços de armazenamento, segurança e identidade, e recentemente anunciou uma parceria com a Dell para acelerar seu crescimento.

Dessa forma, o JPMorgan entende que a varejista fundada em Franca (SP) tem feito da inovação uma parte central de seu negócio e por isso foi classificada no rol de empresas impulsionadas pela inovação e que devem aproveitar oportunidades crescentes de melhoria no seu setor.

O gerente de relações com investidores do Magalu, Lucas Ozorio, conversou com o Canaltech e destacou a importância da seleção da companhia pelo banco norte-americano.

"Esta indicação mostra que o mercado reconhece que estamos no caminho certo, tornando a tecnologia cada vez mais central em nosso negócio. Ela serve como um lembrete para os investidores de que, embora sejamos uma plataforma de varejo, nossa essência é tecnológica, e todas as nossas ações são impulsionadas pela tecnologia", explica.

O executivo descreveu como a tecnologia sempre fez parte do DNA da empresa, que conseguiu digitalizar suas lojas físicas e evoluir como um e-commerce de referência, chegando, agora, ao lançamento da sua própria Cloud.

"Quando eventos como este ocorrem, alguns investidores, que se concentram exclusivamente em empresas de tecnologia, nos procuram para entender melhor o nosso negócio e como estamos posicionados na vanguarda da digitalização no Brasil", comentou Ozorio à reportagem.

Embraer tem tendência de inovar

Uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo, a Embraer foi selecionada pelo JPMorgan como uma das empresas que são expostas e impactadas diretamente pelas tendências de inovação.

Embora não seja considerada uma companhia líder em inovação, nem tenha foco em tecnologia, a aeroespacial brasileira é uma das que mais adota tecnologias para se manter competitiva em um mercado que está sempre se desenvolvendo.

A seleção para a cesta de benchmark de inovação do JPMorgan acontece poucos dias depois de a Embraer fechar contrato de venda de 20 aeronaves E2 para a Mexicana de Aviación.

O movimento foi muito bem avaliado pelo banco, que destacou o crescimento da carteira de pedidos da aeronáutica para US$ 22,7 bilhões — valor mais alto desde o terceiro trimestre de 2015.

Embraer foi indicada pelo JPMorgan como uma das empresas que mais usam a tecnologia para se manter competitiva (Foto: Divulgação/Embraer)
Embraer foi indicada pelo JPMorgan como uma das empresas que mais usam a tecnologia para se manter competitiva (Foto: Divulgação/Embraer)
Foto: Canaltech

Outra brasileira que entrou para essa lista foi a multinacional WEG. Uma das maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo, com atuação em áreas como automação de processos industriais e geração e distribuição de energia, a catarinense foi reconhecida pela instituição financeira por estar exposta constantemente a energias renováveis e a componentes de transporte elétrico e baterias.

Ao Canaltech, o diretor de finanças e relações com investidores da WEG, André Menegueti Salgueiro, afirmou que a seleção para o benchmark do JPMorgan foi recebido pela companhia como um reconhecimento de sua trajetória de crescimento, sempre pautado pela inovação para construir um mundo mais eficiente e sustentável.

"Na temática da mobilidade elétrica, temos intensificado os investimentos em infraestrutura de recarga e desenvolvimento de powertrains e sistemas de baterias para veículos pesados, como ônibus e caminhões. Além disso, continuamos a solidificar a posição de líder em soluções inovadoras que suportam a transição energética, o uso de energias renováveis e o armazenamento eficiente de energia. Esses investimentos nos posicionam favoravelmente no mercado para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do futuro energético global", destacou Salgueiro.

Brasileira WEG também foi pinçada pelo JPMorgan para compor seu benchmark de inovação focado na LatAm (Foto: Reprodução/WEG)  
Brasileira WEG também foi pinçada pelo JPMorgan para compor seu benchmark de inovação focado na LatAm (Foto: Reprodução/WEG)
Foto: Canaltech

Catalisadoras de mudanças

Companhias como XP, Nubank, Stone e PagSeguro foram classificadas dentro do conceito de "inovação pura" do JPMorgan.

Em seu relatório, o banco estrangeiro destaca que essas companhias estão na vanguarda do desenvolvimento de produtos e serviços disruptivos, e que por isso as enxerga como "líderes indiscutíveis de inovação".

"Elas atuam como catalisadoras de mudanças em todo o ecossistema empresarial regional", conclui o relatório.

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