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Mark Zuckerberg depõe em julgamento nos EUA para evitar separação de WhatsApp e Instagram da Meta

Julgamento deve ter novo depoimento do CEO da Meta nesta terça-feira, 15, respondendo perguntas sobre a aquisição do WhatsApp e do Instagram

15 abr 2025 - 12h48
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Mark Zuckerberg, CEO da Meta, foi ao banco das testemunhas nesta segunda-feira, 14, no primeiro dia de um histórico julgamento antitruste estabelecido pela justiça americana para defender sua empresa das alegações de que ela monopolizou ilegalmente o mercado de redes sociais. O CEO deve voltar a falar nesta terça-feira, 15.

O julgamento pode forçar a gigante da tecnologia a se separar do Instagram e do WhatsApp, startups que a Meta comprou há mais de uma década e que, desde então, se tornaram potências de rede social. Indiscutivelmente, essas são as maiores apostas que Zuckerberg enfrentou até agora, porque o que está em julgamento é fundamental: a composição de seu amplo negócio de US$ 1,35 trilhão de capitalização de mercado.

No julgamento, Daniel Matheson, advogado da Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês), que apresenta o caso, se concentrou em uma comunicação enviada a colegas que ilustrava a frustração de Zuckerberg com a falta de progresso no desenvolvimento de um aplicativo de compartilhamento de fotos para competir com o Instagram.

"A maneira como li essa mensagem é que não estou satisfeito com a forma como estamos executando esse projeto", disse Zuckerberg.

Matheson perguntou se isso se devia ao rápido crescimento do Instagram. "Parece que é isso que estou destacando", disse Zuckerberg, acrescentando que está sempre incentivando suas equipes a fazer melhor.

Mais tarde, Zuckerberg pareceu frustrado quando Matheson o questionou sobre suas preocupações expressas sobre a rapidez com que o Instagram estava crescendo. "Não tenho em mente a linha do tempo completa do desenvolvimento do Instagram", disse Zuckerberg, quando Matheson o questionou sobre sua menção ao crescimento da empresa. "Você provavelmente poderia obter isso melhor de outra pessoa."

Matheson também perguntou sobre comentários de Zuckerberg sobre planos para manter o Instagram funcionando, enquanto se concentra no Facebook e não investe na rede social de fotos. O CEO disse que não caracterizaria isso como um plano e insistiu que o Instagram não foi negligenciado.

"Na prática, acabamos investindo muito nele depois que o adquirimos", disse Zuckerberg, que testemunhou a maior parte da tarde.

Nas declarações iniciais, Matheson disse que a Meta usou sua posição para gerar lucros enormes, mesmo com a queda da satisfação do consumidor. Ele disse que a Meta estava "construindo um fosso" para proteger seus interesses ao comprar as duas startups.

O advogado da FTC também argumentou que "os consumidores não têm alternativas razoáveis" ao Facebook, Instagram e WhatsApp. Zuckerberg respondeu que o mercado da Meta é muito maior (e mais competitivo) do que o governo sugere. Ao depor, Zuckerberg rejeitou a ideia de que o Facebook estava centrado em amigos e disse que a empresa havia se tornado "mais um espaço amplo de descoberta e entretenimento".

Mark Hansen, advogado da Meta, disse que a FTC estava apresentando um "apanhado" de argumentos que estavam errados. Ele disse que a Meta tem muita concorrência e fez melhorias nas startups que adquiriu.

"Essa ação judicial, em resumo, é equivocada", disse Hansen, acrescentando: "De qualquer forma, os consumidores foram os grandes vencedores".

O julgamento será o primeiro grande teste da capacidade da Comissão Federal de Comércio do presidente Donald Trump de desafiar Big Techs. A ação judicial foi movida contra a Meta - então chamada de Facebook - em 2020, durante o primeiro mandato de Trump. Ela alega que a empresa comprou o Instagram e o WhatsApp para esmagar a concorrência e estabelecer um monopólio ilegal no mercado de rede social.

A Meta, argumenta a FTC, manteve o monopólio ao seguir a estratégia de Zuckerberg "expressa em 2008: 'É melhor comprar do que competir'. Fiel a essa máxima, o Facebook rastreou sistematicamente rivais em potencial e adquiriu empresas que considerava sérias ameaças à concorrência".

O Facebook também promulgou políticas destinadas a dificultar a entrada de rivais menores no mercado e "neutralizar ameaças competitivas percebidas", afirma a FTC em sua denúncia, no momento em que o mundo passou a dar mais atenção aos dispositivos móveis do que aos computadores de mesa.

O destino da Meta será decidido pelo juiz distrital dos EUA, James Boasberg, que no final do ano passado negou o pedido da Meta para um julgamento sumário e determinou que o caso deveria ir a julgamento.

Embora a FTC possa enfrentar uma batalha difícil para provar seu caso, os riscos são altos para a Meta, cujo negócio de publicidade pode ser cortado pela metade se ela for forçada a desmembrar o Instagram.

A Meta não é a única empresa de tecnologia na mira dos reguladores federais antitruste. O Google e a Amazon enfrentam seus próprios casos. A fase de recurso do caso do Google está programada para começar em 21 de abril. Um juiz federal declarou a gigante das buscas um monopólio ilegal em agosto passado./FORTUNE E AP

Estadão
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