Médico fica sem energia e usa carro elétrico para fazer vasectomia
Para contornar o problema, usou a bateria de seu carro elétrico, um R1T da empresa norte-americana Rivian, e completou o trabalho
Christopher Yang, urologista de Austin (EUA), tinha agendado uma vasectomia em um de seus pacientes na quinta-feira (1), mas teve que lidar com uma queda de energia em sua clínica. Para contornar o problema, usou a bateria de seu carro elétrico, um R1T da empresa norte-americana Rivian, e completou o trabalho.
Em seu perfil do Twitter, o médico narrou o caso. "Realizei o que é provavelmente a primeira vasectomia motorizada do mundo hoje, em um Rivian. Acabou a energia na clínica, o paciente não quis remarcar porque já estava com folga. O eletrocautério foi normal, e o procedimento foi ótimo!"
I performed what is likely the world's first @Rivian powered vasectomy today. Power in clinic went out, patient didn't want to reschedule cause he already had time off. Electrocautery was normal, procedure went great! #rivianstories #rivian pic.twitter.com/VLDg91r37d
— Christopher Yang (@ChrisYangMD) September 1, 2022
Para quem não sabe, o R1T é um carro utilitário que custa a partir de US$ 70 mil (R$ 362 mil) nos EUA. Tem quatro saídas de energia: uma na cabine central, uma no túnel de engrenagem (uma área entre a cabine e a carroceria) e dois na carroceria do veículo. A capacidade da bateria é de 180 kWh.
"Não houve momento de luz, mas minha equipe e eu estávamos discutindo se cancelaríamos a vasectomia devido à queda de energia. Um deles mencionou brincando que deveríamos tirá-la do Rivian", disse Yang ao site "The Drive". "Depois de pensar mais, parecia que funcionaria. Eu discuti os riscos [e] benefícios com o paciente, e ele concordou em prosseguir", complementou.
A energia foi usada na máquina de eletrocautério — que usa calor para derreter e destruir tecidos e, com isso, evitar sangramentos — e outros equipamentos. O Rivian fornece até 1,5 kW de potência a 110 V em corrente alternada, como uma tomada de parede normal.
De acordo com Yang, a cirurgia correu sem complicações. "Tivemos a sorte de que minha vaga normal de estacionamento era perto o suficiente de uma sala de pacientes para colocar um cabo de extensão".