A impressão 3D começou em 1983 com a primeira impressora tridimensional, inventada pelo americano Chuck Hull, que depois fundou a empresa 3D Systems, uma das maiores do mercado. Mas foi só há alguns anos que o mercado começou a aquecer, com mais investimentos, pesquisas e ideias.
As inúmeras possibilidades de uso para a tecnologia deram o tom do evento “Inside 3D Printing”, que aconteceu nesta semana em São Paulo. Usos da impressão tridimensional para as áreas médica, automotiva, aeronáutica, de design e arquitetura, de petróleo e gás foram alguns dos temas discutidos na conferência, que já passou pelos Estados Unidos e Alemanha, e segue para a Coreia do Sul, Austrália, China, Japão, Califórnia (EUA) e Singapura.
Logo na abertura, Michele Marchesan, diretor de operações da 3D Systems, citou exemplos de objetos que podem ser criados com um impressora 3D, como óculos que cabem perfeitamente no rosto das pessoas; extensões biônicas para deficientes físicos; aparelhos auditivos sob medida; implantações dentárias; comidas; brinquedos; roupas; entre outros.
Quando perguntado sobre a maturidade do mercado, Marchesan não hesita para responder: “tudo depende da maneira que projetamos, mas toda novidade está acontecendo agora”. As novidades são realmente muitas, e vão desde máquinas que imprimem chocolate até impressoras que criam objetos coloridos em papel. Mas os especialistas concordam que muito ainda precisa ser pesquisado e realizado para a indústria crescer.
Na área médica, por exemplo, a impressão de órgãos e tecidos é uma tendência que precisa de dezenas de anos para se tornar realidade, segundo o coordenador do CTI, Jorge Silva. “Somente para regulamentar o uso de órgãos impressos em transplantes vai levar uns 20 anos. As pesquisas ainda são muito recentes, e essa é uma área que precisa de muito dinheiro, muito investimento”, diz. Segundo ele, também é preciso desenvolvimento nos softwares e na captação de imagens dos órgãos dos pacientes.
O evento também discutiu a acessibilidade das impressoras 3D para uso pessoal. No cenário atual, a grande maioria das máquinas é utilizada por empresas. Uma delas, a irlandesa McCor Technologies, acredita que em menos de dez anos, todas as casas terão uma impressora 3D.
Para atingir essa realidade, segundo a empresa, seria necessária uma evolução da velocidade de impressão, custo das máquinas, tecnologia de materiais, cores e segurança, e facilidade de uso.
O CEO da companhia, Conor MacCormack, imagina que as pessoas vão usar as máquinas para criar objetos customizáveis, como miniaturas de si mesmas. Seria como uma versão tridimensional das selfies, feitas para presentear parentes ou usar em bolos de casamento.
Esqueleto da guitarra foi feito por impressão tridimensional. As partes metálicas e o braço dela foram adicionados posteriormente
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Algumas partes dessa peça de um carro, como as lanternas e a máscara do farol, também são resultados da impressão 3D
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Dispositivo ajuda a esculpir melhor objetos criados em um software 3D
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Scanner tem projeção de luz e câmeras para captar objetos. Após digitalizá-los, é possível moldá-los e corrigir imperfeições com um software 3D
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Impressora 3D consegue imprimir objetos coloridos de até 30 x 20 cm
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Modelo menor custa cerca de R$ 10 mil no Brasil, e imprime em duas cores diferentes
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Scanner menor, para uso pessoal, é novidade no Brasil e custa R$ 2 mil
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Impressora para uso pessoal custa R$ 6 mil e é vendida no site do Walmart
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Objeto criado com uma impressora 3D
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Objeto criado com uma impressora 3D
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Objetos criados com uma impressora 3D
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
A empresa Zanettini Arqueologia quer imprimir réplicas de objetos encontrados em sítios arqueológicos no Brasil para deixar em escolas
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Miniaturas de pessoas podem ser impressas com modelos pré-prontos, adicionando o rosto da pessoa por uma foto, ou o corpo todo quando a imagem é tridimensional
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Miniaturas de pessoas podem ser impressas com modelos pré-prontos, adicionando o rosto da pessoa por uma foto, ou o corpo todo quando a imagem é tridimensional
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
A arquitetura é uma das vertentes que utiliza a impressão 3D
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Modelo de coração, e outros órgãos, podem ser usados como base aos médicos antes de uma cirurgia complicada
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Impressão 3D em medicina facilita preparação dos médicos para cirurgias
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Tecnologia de algumas impressoras permite a criação de objetos coloridos
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Tecnologia de algumas impressoras permite a criação de objetos coloridos
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Tecnologia de algumas impressoras permite a criação de objetos coloridos
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Impressora 3D custa R$ 10 mil, e é um dos modelos de baixo custo no mercado
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Para uso pessoal, esta impressora é lançamento de uma empresa nacional e custa R$ 5.199
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Diversos objetos podem ser produzidos com impressoras 3D
Foto: Marina Tsutsumi / Terra
Diversos objetos podem ser produzidos com impressoras 3D