Mercado de TI aquecido busca profissionais para home office
Setor de tecnologia aponta abertura de mais de 421 mil postos de trabalho até 2024.
Há alguns anos o mercado vem sofrendo com a dificuldade para contratação de profissionais das áreas de tecnologia. Porém, nos últimos dois anos, o que começou como uma medida emergencial, se transformou em uma solução efetiva para muitas empresas.
Com a flexibilidade que o home office proporciona e novo conceito de contratação sem fronteiras, que não limita localização para trabalho, é possível expandir o alcance que uma vaga poderia ter, facilitando a forma de contratação das empresas e de recrutar talentos de fora da cidade, do estado e até mesmo do país em que estão situadas.
Apenas no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), até 2024, 421 mil postos de trabalho serão criados no setor no país. De acordo com o estudo, em 2021 houve um aumento de 1/3 na quantidade de empresas que contratam online. No caso da Dedalus, entre o ano de 2020 e 2021.
"Houve um aumento de 100% nas contratações online, com mais de 40 posições, nas mais variadas especialidades", explica Stella Oliveira, gerente de Recursos Humanos da Dedalus.
As contratações foram, inclusive, fora do eixo RJ-SP, com possibilidade para profissionais em diversas cidades.
"A tecnologia aliada ao modelo home office, possibilita que muitas funções sejam executadas de qualquer lugar. Hoje, vemos um novo modelo de trabalho, que deve estar cada vez mais no dia a dia dos brasileiros pelos próximos anos. Avançamos mais uma etapa", completa a executiva.
Mas, enquanto este novo formato acelera o mercado, com novas possibilidades de contratação e oportunidades, como será o pós-pandemia e toda retomada de rotina? Como as empresas estão se preparando para manter suas equipes e reduzir o tão temido turnover?
A contratação sem fronteiras aumentou a disponibilidade em termos de contratação de profissionais. Por outro lado, essa expansão aumentou de forma significativa a competição por talentos.
Se antes as empresas disputavam profissionais com outras empresas da mesma cidade ou estado, agora a disputa ultrapassa a fronteira nacional e isso pede uma revisão nos planos de carreira e benefícios.
Stella Oliveira destaca que, além das contratações é essencial estar atento aos perfis a fim de evitar o alto índice de turnover.
"Precisamos acompanhar cada profissional. Deixamos de ser departamento pessoal. Somos os ouvidos de quem faz parte da empresa. O RH deve estar atento, oferecer apoio, ser aliado e mais, saber quais são as possíveis necessidades de cada um. Por isso, já estamos nos preparando para os efeitos pós-pandemia. O mercado de trabalho jamais será o mesmo. Todos aprendemos a lição entre o equilíbrio de vida profissional e pessoal. E, com isso, nosso dia a dia será diferente", diz a executiva.