Meta tenta correção urgente de confusão de chatbot sobre quem é presidente dos EUA
A incapacidade do chatbot de inteligência artificial da Meta de identificar o atual presidente dos Estados Unidos foi elevada ao status de urgência pela controladora do Facebook nesta semana, exigindo uma correção rápida, disse uma fonte com conhecimento do assunto.
O republicano Donald Trump foi empossado como presidente dos EUA na segunda-feira, sucedendo o democrata Joe Biden. No entanto, na quinta-feira, o chatbot meta AI ainda estava dizendo que Biden era o presidente, de acordo com a fonte e com um teste do serviço feito pela Reuters.
Ao ser solicitado pela Reuters na quinta-feira para nomear o presidente dos EUA, o meta AI respondeu:
"O atual presidente dos Estados Unidos é Joe Biden. No entanto, de acordo com as informações mais recentes disponíveis, Donald Trump foi empossado como presidente em 20 de janeiro de 2025."
O problema fez com que a Meta iniciasse um procedimento de emergência que usa para solucionar problemas urgentes com seus serviços, conhecido na empresa como SEV, ou "evento no local", de acordo com a fonte.
O porta-voz da Meta, Daniel Roberts, disse: "Todo mundo sabe que o presidente dos Estados Unidos é Donald Trump. Todos os sistemas de IA generativa às vezes retornam resultados desatualizados, e continuaremos a aprimorar nossos recursos." Ele não comentou sobre quais procedimentos de emergência, se houver, a Meta implementou.
O caso marca pelo menos o terceiro procedimento de emergência que a Meta enfrenta esta semana relacionado à transição presidencial dos EUA, disse a fonte à Reuters.
Os incidentes atraíram reclamações generalizadas de observadores de mídia social que examinaram as plataformas da Meta em busca de sinais de mudanças politizadas depois que o presidente-executivo da companhia,, Mark Zuckerberg, apareceu na posse de Trump na segunda-feira e instituiu uma série de mudanças nas últimas semanas.
Essas mudanças incluíram a eliminação de programa de verificação de fatos nos EUA, a promoção do republicano Joel Kaplan como para o posto de diretor de assuntos globais, a eleição de um amigo próximo de Trump para o conselho de administração e o fim de programas de diversidade de funcionários.
Em um incidente nesta semana, a Meta pareceu estar forçando alguns usuários a seguirem novamente os perfis de Trump, do vice-presidente JD Vance e da primeira-dama Melania Trump no Facebook e no Instagram, mesmo depois dos usuários terem deixado de seguir essas contas.
Esse problema surgiu durante a prática normal da empresa de transferir contas oficiais de mídia social da Casa Branca para um novo controle quando há mudança de governo, disse a empresa na quarta-feira.
Nesse caso, ocorreu um erro porque o processo de transferência foi prolongado e o sistema não conseguiu registrar as solicitações de "deixar de seguir" dos usuários enquanto estava em andamento, o que levou a um SEV1 de prioridade máxima, disse a pessoa.
Outro procedimento de emergência envolveu um problema no qual o serviço do Instagram da Meta bloqueou as buscas pelas hashtags #Democrat e #Democrats para alguns usuários, enquanto os resultados apareceram sem problemas para #Republican.
Um porta-voz da Meta reconheceu o problema na terça-feira, mas disse que ele afetou "a capacidade das pessoas de pesquisarem várias hashtags diferentes no Instagram - não apenas as da esquerda".