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Metaverso obriga universidades a reverem métodos de avaliação

Volume de informações acessíveis atualmente deveria estimular as universidades a repensar o processo avaliativo.

13 fev 2022 - 02h00
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Foto: Freepik

As instituições têm que rever o método de ‘marcar X’ para mensurar o aprendizado universitário. É o que afirma o especialista internacional em educação e internet, Alfredo Freitas, com mais de 15 anos de experiência.

Nos últimos meses, a criação de um universo virtual, compartilhado e hiper-realista virou o centro das atenções. Um universo virtual inteiro, onde cada pessoa possa ser, fazer e construir o que quiser. Essa é uma definição que se encaixa perfeitamente no metaverso, termo que, desde o fim de 2021, se tornou uma das palavras mais buscadas da internet. 

A expressão é usada para denominar um espaço virtual compartilhado, em que as pessoas podem acessar usando óculos especiais e outros equipamentos.

O especialista em educação e internet e diretor da universidade americana Ambra University, Alfredo Freitas acredita que este ambiente está impactando diretamente a dinâmica de aprendizagem, principalmente nas universidades. Para ele, o processo para adquirir conhecimento está, atualmente, mais denso e complexo. E, exige das universidades uma nova dinâmica de avaliação dos estudantes.

“Com a possibilidade de gerenciar uma outra realidade, ou ter perguntas respondidas a um clique, os estudantes não se contentam mais com um processo metodológico raso. Jogos interativos, vídeos, quizz e outras dinâmicas digitais já estão sendo incorporadas no ensino via internet para atender esta nova demanda de estudantes que estão mais conectados do que nunca. É inconcebível não se pensar, de forma urgente, uma nova dinâmica de avaliação nas universidades”, afirma o especialista.

Para Freitas, a internet e a inteligência artificial estão resolvendo a maioria dos questionamentos e resinificando o papel das instituições de ensino, sobretudo no nível superior. 

O anseio dos estudantes atualmente é por um conhecimento articulado, mais complexo e mais aprofundado para resolver questões mais amplas”, explica Freitas.

O especialista defende uma nova estrutura de avaliação. “Não é mais possível imaginarmos um ensino no qual o estudante somente ouve o professor e depois marca X em uma prova para medir o que absorveu. Precisamos hoje de um processo estrutural de avaliação e acompanhamento mais formal e mais aprofundado, mais avançado, mais articulado. É preciso aproximar professor e aluno com a prática de feedbacks”, pondera Alfredo Freitas.

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