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Microsoft demite e Google desacelera crescimento com crise

Empresas de tecnologia tentam absorver impacto da as altas de juros e da inflação no ano de 2022

13 jul 2022 - 12h11
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O cenário de crise que afeta startups no mundo inteiro tem deixado seu rastro no caminho das grandes empresas de tecnologia. Nesta terça-feira, 12, Google e Microsoft anunciaram planos para desacelerar a operação em 2022: enquanto a gigante das buscas vai pausar contratações, a Microsoft se viu obrigada a demitir parte de seus funcionários nesta semana.

Sundar Pichai, presidente do Google, enviou uma carta aos seus funcionários nesta terça, avisando que a companhia está diminuindo o ritmo de contratações até o final de 2022. A mensagem foi vista pelo site americano The Verge.

Na carta, enviada por email aos colaboradores, Pichai ressalta que ainda há posições abertas na empresa e que áreas como engenharia e cargos técnicos serão preenchidos. Outras funções, porém — consideradas menos urgentes — terão vagas congeladas.

"As perspectivas econômicas globais incertas têm sido uma das principais preocupações. Como todas as empresas, não estamos imunes aos ventos contrários no cenário econômico", disse Pichai.

A diminuição de contratações no Google já era esperada, conforme anunciou o site Business Insider também nesta terça-feira. O site teve acesso a informações de que a gigante das buscas já estava de olho em alternativas para controlar o período de crise econômica.

"Devido ao progresso de contratação alcançado até agora este ano, diminuiremos o ritmo de contratação pelo resto do ano, enquanto ainda apoiamos nossas oportunidades mais importantes. No balanço entre 2022 e 2023, focaremos nossa contratação em engenharia, funções técnicas e outras funções críticas, e garantiremos que os grandes talentos que contratamos estejam alinhados com nossas prioridades de longo prazo", continuou Pichai na carta aos funcionários.

O presidente disse ainda que, no futuro, será necessário ter um foco mais nítido e entender as estratégias que podem ajudar a empresa a superar crises — incluindo a pausa de desenvolvimento e redistribuição de recursos, se preciso.

Enquanto o Google toma medidas cautelosas para não entrar nas estatísticas das demissões, outra gigante não conseguiu escapar dos cortes neste ano. Nesta terça-feira, a Microsoft demitiu parte de seu quadro de funcionários, de acordo com a agência de notícias Bloomberg.

A empresa não revelou quais foram as áreas afetadas nem a quantidade exata de funcionários que deixaram a companhia. Segundo a Bloomberg, porém, o número não chegou a 1% — a Microsoft tem, hoje, 180 mil funcionários. Para comparação, 1% dos funcionários seriam, aproximadamente, 1,8 mil pessoas.

"Recentemente eliminamos um pequeno número de posições. Como todas as empresas, avaliamos nossas prioridades de negócios regularmente e fazemos ajustes estruturais de acordo com essas análises. Continuaremos a investir em nossos negócios e a aumentar o número de funcionários, em geral, no próximo ano", afirmou a Microsoft em nota ao Estadão.

Além das duas gigantes, outras empresas de tecnologia já fizeram cortes ou desaceleraram a operação para absorver o impacto da crise. O Twitter, recentemente, demitiu 30% do seu time de aquisição, depois que Parag Agrawal, presidente da empresa, afirmou que estava diminuindo as contratações. A Meta, holding do Facebook, também já anunciou que vai pisar no freio na hora de contratar funcionários neste ano.

Estadão
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