Microsoft supera previsões de Wall Street com ajuda de computação em nuvem
A Microsoft superou estimativas de Wall Street para lucro trimestral e receita nesta quarta-feira, impulsionada por um aumento surpreendente na receita do Windows e do negócio de computação em nuvem cujo crescimento está desacelerando, mas ainda trazendo bilhões de dólares adicionais.
As ações subiram 3,2 por cento após o anúncio, levando o valor de mercado da empresa para perto de 1 trilhão de dólares.
Sob o comando do presidente-executivo, Satya Nadella, a empresa passou os últimos cinco anos saindo da dependência do sistema operacional Windows para a venda de serviços baseados em computação em nuvem.
O Azure, principal produto de computação em nuvem da Microsoft, concorre com a Amazon Web Services, líder de mercado.
O crescimento nessa unidade desacelerou para 73 por cento no trimestre, ante 76 por cento no trimestre fiscal anterior. O chefe de relações com investidores da Microsoft, Mike Spencer, disse que o declínio está em linha com o previsto, já que o negócio começa a amadurecer após anos de crescimento.
A Microsoft divulgou lucro de 1,14 dólar por ação, ante expectativas de 1 dólar, segundo a IBES Refinitiv.
O resultado foi impulsionado principalmente pela forte receita de licenciamento do Windows a fabricantes de computadores, que aumentou 9 por cento ano a ano, ante queda de 5 por cento no trimestre anterior.
Enquanto as empresas transferiram suas tarefas de computação para a nuvem, a Microsoft rapidamente ganhou mercado. Mas analistas mostram preocupação de que a intensa concorrência da Amazon, do Google e outras empresas, e os custos de construção de centros de processamento de dados possam acabara pressionando as margens.
A receita total da Microsoft subiu 14 por cento, para 30,57 bilhões de dólares no terceiro trimestre encerrado em 31 de março, superando a estimativa média dos analistas de 29,84 bilhões, segundo dados da IBES Refinitiv.
O lucro líquido subiu a 8,8 bilhões de dólares, ou 1,15 dólar por ação, ante 7,42 bilhões, ou 0,96 dólar por ação, um ano antes.