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Microsoft vai deixar de produzir versões do Windows

Empresa quer gastar menos para convencer clientes de que novas versões de sistema operacional são melhores

8 mai 2015 - 20h11
(atualizado às 21h59)
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Foto: Reuters

O Windows 10 será a última grande atualização do sistema operacional da gigante de tecnologia Microsoft, informou a companhia.

Na semana passada, Jerry Nixon, executivo de desenvolvimento da empresa, já havia dito, durante uma conferência, que o Windows 10 seria a "última versão" do software, que domina o mercado de computadores há décadas. As declarações de Nixon foram confirmadas pela Microsoft, que informou que atualizaria o Windows no futuro de "maneira contínua".

Segundo a companhia, em vez de novas versões individualizadas, o Windows 10 passaria a ter atualizações periódicas.Nixon falou sobre a novidade durante uma conferência da Microsoft realizada em Chicago na semana passada.

Por meio de um comunicado, a Microsoft afirmou que as declarações de seu executivo refletem uma mudança na forma como seu software será produzido.

"Windows será entregue como um serviço trazendo inovações e atualizações de uma forma contínua", informou a Microsoft, que disse esperar que o software tenha "vida longa".

Sem Windows 11

A Microsoft informou que ainda não decidiu como vai chamar o sistema operacional após o Windows 10.

"Não haverá Windows 11", afirmou Steve Kleynhans, vice-presidente de pesquisas da consultoria Gartner.

Kleynhans afirmou que a Microsoft já tinha evitado usar o nome "Windows 9" para a versão que veio após o Windows 8. Em vez disso, optou pelo nome "Windows 10" como uma forma de ruptura com o passado de versões individuais do sistema operacional.

No entanto, disse ele, a iniciativa criou muitos problemas para a Microsoft e seus clientes. "A cada três anos, a Microsoft cria "o próximo sistema operacional maravilhoso", afirmou ele.

A companhia também teve de destinar grandes somas de dinheiro e investimento em marketing para convencer o público que uma nova versão não só era necessária, mas melhor do que a anterior, explicou Kleynhans.

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Mover-se em uma direção na qual o Windows seja constantemente atualizado quebraria esse ciclo, dando maior flexibilidade para que os usuários testem novas funcionalidades e a empresa veja como eles reagem.

'Passo positivo'

A maior parte das receitas gerada pelo Windows para a Microsoft vem das vendas de novos computadores, e Kleynhans acredita que isso não deve ser afetado.

"De forma geral, esse é um passo positivo, mas há alguns riscos", diz.

"A Microsoft terá de trabalhar duro para manter atualizações periódicas e novas funcionalidades", afirma, acrescentando que há questões ainda não respondidas sobre como os clientes corporativos se adaptariam à mudança e como a Microsoft forneceria apoio.

"Isso não significa que o Windows está congelado e nunca mais avançará de novo. De fato estamos vendo praticamente o oposto, com o ritmo das atualizações do Windows se deslocando em alta velocidade."

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