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Miséria na Cracolândia vira "dinheiro" para perfis no TikTok; entenda

Dono de conta no TikTok chegou a dizer que jogaria moedas aos usuários de drogas caso atingisse 10 mil seguidores

15 mai 2023 - 14h39
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Usuária se aproveita de vulnerabilidade de pessoas na Cracolândia para hitar no TikTok
Usuária se aproveita de vulnerabilidade de pessoas na Cracolândia para hitar no TikTok
Foto: Reprodução

Usuários do TikTok estão viralizando com vídeos que exploram a miséria das pessoas que estão em situação de vulnerabilidade no Centro de São Paulo, na região da Cracolândia. A área, localizada no bairro da Santa Ifigênia, é conhecida como ponto de uso e venda de drogas.

Na rede social chinesa, usuários mostram diversas situações do dia a dia dos usuários de entorpecentes, fazem lives com a movimentação das ruas e arrecadam dinheiro de seguidores com as transmissões ao vivo. 

De acordo com o G1, o perfil de ‘Jasmine Carter’ estava realizando transmissões no TikTok sobre a Cracolândia em busca de engajamento e dinheiro — recentemente a plataforma passou a remunerar criadores de conteúdo. Um recurso em lives permite que os espectadores apoiem seus criadores favoritos com presentes virtuais (figurinhas) que podem ser convertidos em reais.

Em um dos conteúdos, o perfil chegou a dizer que jogaria moedas pela janela caso atingisse 10 mil seguidores – a rede social retirou a conta do ar antes que isso ocorresse. 

O perfil também estava criando fake news afirmando que havia um auxílio do governo chamado "Bolsa Crack de R$ 700 e pouco". 

Usuários exploram vulnerabilidade

Esse não é o único perfil que explora a vulnerabilidade dos usuários de droga. Diversos conteúdos com a hashtag "Cracolândia" são postados diariamente no TikTok e mostram a situação caótica no Centro. "Não é um filme de Zumbi", diz a legenda do vídeo compartilhado pelo perfil "Tenente Josmir". A publicação em mais de 235 mil visualizações

@tenentejosemir

 

♬ som original - tenentejosemir

Uma pesquisa realizada pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a pedido da Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas e divulgada no início deste ano mostrou que a estimativa do número de frequentadores da Cracolândia é de 1.343 pessoas, com variações ao longo do dia. Quase 40% deles vivem no local há mais de uma década.

Ao G1, Priscila Akemi Beltrame, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo, disse que é clara a violação aos direitos humanos no conteúdo disseminado pelo perfil na rede social. "A população vulnerável tem direito à privacidade". 

Fonte: Redação Byte
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