Missão da Nasa levará astronauta mulher e negro à Lua pela 1ª vez
Com quatro norte-americanos e um canadense, Artemis II é a primeira missão em que a Nasa envia uma mulher e uma pessoa negra ao satélite
A Nasa revelou nesta segunda-feira (3) o nome dos quatro astronautas que irão na nave da Artemis II, missão histórica ao redor da Lua após 50 anos em que o homem pisou no satélite pela última vez.
Participarão da missão os astronautas: Christina Hammock Koch, Reid Wiseman e Victor Glover, da Nasa; e Jeremy Hansen, da Agência Espacial Canadense.
A missão abrirá caminho para a tripulação da missão seguinte do programa, Artemis III, caminhar na Lua em 2025. O voo será a bordo do foguete mais poderoso do mundo, a nave espacial Orion, e a um preço que chegará a US$ 100 bilhões.
Com quatro norte-americanos e um canadense, esta é a primeira vez que a Nasa envia uma mulher e uma pessoa negra à Lua.
O anúncio dos astronautas ao mundo foi realizado no Johnson Space Center, em Houston (EUA). A agência espacial americana transmitiu o momento ao vivo na NASA TV e em seu canal no YouTube.
Os astronautas da Nasa estiveram na Lua pela última vez em dezembro de 1972, quando completaram a missão Apollo 17.
Desde então, um retorno à lua foi discutido várias vezes. O programa Artemis começou a ganhar força durante o governo de Donald Trump, nos Estados Unidos. O presidente Joe Biden deu continuidade aos investimentos para a missão de volta à Lua.
Astronautas elegíveis
A Nasa possui, atualmente, 41 astronautas considerados ativos. É deste grupo que a agência espacial norte-americana escolheu três dos astronautas que viajarão para a Lua na missão Artemis II.
Além dos americanos, a missão também levará o astronauta da Agência Espacial Canadense, que conta com quatro astronautas ativos.
Três astronautas ativos da Nasa não foram considerados elegíveis para Artemis II porque estão atualmente a bordo da Estação Espacial Internacional, e outros estão ocupados se preparando para as próximas missões lá.
De acordo com o jornal New York Times, se esses astronautas permanecerem na equipe depois de retornarem da atual missão, eles poderão se juntar à tripulação do Artemis III.
Os astronautas que não foram selecionados e novos candidatos também podem ser escalados para a missão de 2025, que dá sequência à Artemis II.
Artemis II
A missão de cerca de 10 dias ocorrerá no final de 2024 e viajará ao redor da Lua antes de voltar para a Terra. Artemis II é a primeira das novas missões da Nasa à Lua com astronautas a bordo.
Viajando em uma cápsula Orion, os astronautas embarcarão em uma órbita elíptica que se estende até 1.800 milhas acima da Terra, dando aos astronautas tempo para ver como os sistemas de Orion funcionam.
A cápsula então viajará em direção à Lua, usando sua gravidade para retornar à Terra por meio de um mergulho no oceano Pacífico.
Em novembro do ano passado, a Nasa lançou a missão Artemis I, um teste do enorme foguete do Sistema de Lançamento Espacial e uma cápsula Orion não tripulada.
Artemis III
A Artemis III está programada para pousar perto do polo sul lunar em 2025. A Nasa levará a primeira mulher e a primeira pessoa negra a pisar na Lua.
A tripulação vai desembarcar no gelado polo sul da Lua, nenhuma pessoa ou missão robótica já esteve nesta área. A missão irá explorar o lado mais desafiador da Lua, em comparação aos espaços explorados durante as missões Apollo, de 1968 a 1972.
Retorno à Lua e representatividade
Ao dominar missões mais longas na Lua, funcionários da Nasa disseram ao New York Times que os astronautas da agência estarão se preparando para viagens a Marte.
A Nasa também espera impulsionar empresas que buscam estabelecer um negócio estável de instrumentos científicos voadores e outras cargas úteis para a lua.
A agência espacial dos EUA também se comprometeu a selecionar uma tripulação com diversidade racial, de gênero e profissional. Critérios que não tinham historicamente o perfil das missões espaciais.
Astronautas selecionados para as missões tripuladas inaugurais eram apenas brancos e do sexo masculino. Além disso, geralmente tinham um histórico como piloto de teste militar.
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