Missão da Nasa que trará rochas de Marte enfrenta problemas com orçamento
Em abril, a Nasa anunciou que buscaria soluções inovadoras para reduzir custos, riscos e a complexidade da missão
A missão Mars Sample Return (MSR), da Nasa, está atrasada e acima do orçamento planejado. Segundo a agência espacial, essa é a campanha multimissão mais ambiciosa da Nasa, que visa trazer amostras marcianas cuidadosamente selecionadas para a Terra pela primeira vez.
Em abril deste ano, a Nasa anunciou que a campanha Mars Sample Return buscaria soluções inovadoras para reduzir custos, riscos e a complexidade da missão.
"Para atingir este objetivo, a agência pediu à comunidade da Nasa que trabalhasse em conjunto para desenvolver um plano revisto que aproveitasse a inovação e a tecnologia comprovada, bem como solicitou propostas de arquitetura da indústria que pudessem devolver amostras à Terra na década de 2030", disse a agência em seu site oficial.
Até o momento, missão Mars Sample Return já gerou custos estimados em US$ 11 bilhões e um calendário que, em uma revisão independente, se declarou totalmente irrealista.
“O resultado final é que um orçamento de US$ 11 bilhões é muito caro e a data de retorno em 2040 está muito distante”, disse em comunicado o administrador da Nasa, Bill Nelson.
“Aterrissar e coletar as amostras com segurança, lançar um foguete com as amostras de outro planeta – o que nunca foi feito antes – e transportar as amostras com segurança por mais de 33 milhões de milhas de volta à Terra não é uma tarefa fácil. Precisamos olhar para fora da caixa para encontrar um caminho a seguir que seja acessível e que devolva amostras em um prazo razoável", completou.
A agência também divulgou o relatório do Mars Sample Return Independent Review Board de setembro de 2023. E algumas medidas incluídas são:
- Um projeto de missão atualizado com complexidade reduzida;
- Resiliência melhorada; postura de risco; responsabilização e coordenação mais fortes;
- Orçamento global provavelmente na faixa de US$ 8 bilhões a US$ 11 bilhões. Dado o orçamento do ano fiscal de 2025 e as restrições orçamentais previstas, bem como a necessidade de manter um portfólio científico equilibrado, o atual desenho da missão devolverá amostras em 2040.
“A NASA faz ciência visionária – e o retorno de amostras diversas e cientificamente relevantes de Marte é uma prioridade fundamental”, disse Nicky Fox, administrador associado da Diretoria de Missões Científicas, na sede da NASA em Washington.