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Missão Dart da Nasa conseguiu desviar asteroide? Veja próximos passos

Nasa obteve êxito ao colidir sonda Dart com asteroide Dimorphos; resultado da mudança de órbita só virá depois de semanas ou meses

27 set 2022 - 14h32
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O asteroide Didymos (canto superior esquerdo) e sua lua, Dimorphos, cerca de 2,5 minutos antes do impacto
O asteroide Didymos (canto superior esquerdo) e sua lua, Dimorphos, cerca de 2,5 minutos antes do impacto
Foto: NASA/Johns Hopkins APL

A missão Dart, da Nasa, que aconteceu na noite da segunda-feira (26), conseguiu chocar a sonda Dart contra o asteroide Dimorphos, a 11 milhões de quilômetros da Terra, como se esperava. 

A destruição da própria nave faziam parte dos planos dos pesquisadores da agência espacial, que querem medir se o impacto será capaz de alterar a órbita entre os dois asteroides próximos: o próprio Dimorphos, de 160 metros de diâmetro, e o Didymos, de 780 metros. O objetivo disso tudo é tentar proteger a Terra de possíveis colisões futuras.

Uma hora antes do impacto, Dimorphos nem sequer era visível. Até mesmo Didymos, o “asteroide-pai” em torno do qual ele orbita, era simplesmente uma mancha num mar de escuridão. Mas a uma velocidade de 22 mil km/h, a câmera Dart enviou imagens em tempo real até o momento do impacto da sonda, de 500 kg, com o seu alvo.  A superfície rochosa de Dimorphos foi se aproximando, e de repente, a imagem foi substituída por uma tela em branco. 

Nesse momento, os controladores da missão, no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins (JHU-APL), vibraram, pois era a indicação de que a tão esperada colisão estava ocorrendo. Veja o momento exato:

Isso só foi possível graças à Draco, uma câmera acoplada a um sofisticado sistema de orientação, que funciona com algoritmos de navegação em tempo real. Isso permitiu à sonda Dart identificar e distinguir entre os dois asteroides, visando o corpo menor.

“Até onde podemos dizer, nosso primeiro teste de defesa planetária foi um sucesso”, disse a engenheira de sistemas de missão da Dart, Elena Adams, em coletiva de imprensa. Agora, segundo ela, nós terráqueos podemos “dormir melhor”, pois há solução para a defesa planetária.

A diretora de ciência planetária da agência espacial, Lori Glaze, também estava bastante otimista: “Estamos embarcando em uma nova era da humanidade, uma era na qual potencialmente temos a capacidade de nos proteger de algo como um perigoso impacto de asteroide. É algo incrível: nunca tivemos essa capacidade antes".

O asteroide Dimorphos visto pela Dart 11 segundos antes do impacto
O asteroide Dimorphos visto pela Dart 11 segundos antes do impacto
Foto: NASA/Johns Hopkins APL

A Dart desviou o asteroide?

Tanto telescópios profissionais quanto amadores acompanharam a explosão, que gerou uma série de poeira e detritos. Nesta terça-feira, imagens mais claras e detalhadas do satélite LICIACube, que acompanhou o caminho de Dart até Dimorphos, devem surgir, além de imagens de telescópios mais poderosos como o Hubble e o James Webb.

Os cálculos iniciais sugerem que a sonda Dart atingiu seu alvo a apenas 17 metros do centro exato de Dimorphos, para onde se destinava.

Ainda levarão semanas ou meses para sabermos se o impacto foi suficiente para reduzir a duração da órbita de Dimorphos em pelo menos 73 segundos, número mínimo para o sucesso da missão. A expectativa dos engenheiros, no entanto, é que a mudança de órbita chegue perto dos dez minutos a menos no tempo de órbita. 

De acordo com a Nasa, os asteroides foram escolhidos a dedo para a missão, pois não apresentavam riscos de serem jogados desordenadamente em direção à Terra. Além disso, o asteroide atingido é “típico do tamanho dos asteroides que podem representar a ameaça significativa mais provável para a Terra”. Caso colidissem conosco, eles podem agir como bombas atômicas, dizimando milhares de vidas.

Fonte: Redação Byte
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