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Míssil nuclear mais poderoso do mundo entra em operação na Rússia

Segundo a agência espacial russa Roscosmos, o primeiro regimento do armamento foi ativado, mas não detalharam quantos silos estão ocupados

1 set 2023 - 18h08
(atualizado às 18h16)
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Militares russos lançaram em 2020 o míssil nuclear supersônico Zircon a partir do Mar Branco
Militares russos lançaram em 2020 o míssil nuclear supersônico Zircon a partir do Mar Branco
Foto: Divulgação Ministério da Defesa Rússia / Flipar

A Rússia anunciou, nesta sexta-feira (1º), o início da operação do mais poderoso míssil balístico intercontinental armado com ogivas nucleares do mundo, o RS-28 Sarmat. O equipamento é chamado de Satã-2 no Ocidente.

Segundo a agência espacial russa Roscosmos, o primeiro regimento do armamento foi ativado, mas não foram dados detalhes de quantos silos estão equipados. Analistas militares russos acreditam que eles devem estar localizados na região de Krasnoiarsk, na Sibéria.

Em reportagem veiculada na Folha de S. Paulo, cita-se que especialistas em armas nucleares respeitados, como Hans Kristensen (da FAS, Federação dos Cientistas Americanos na sigla inglesa), são céticos sobre a capacidade da Rússia de colocar quantidades significativas do míssil em operação. 

O Sarmat, que homenageia os sarmácios, povo guerreiro que dominou as estepes do sul russo e a Ucrânia dos séculos 3 a.C. a 4 d.C., é uma das seis "armas invencíveis" anunciadas pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, em 2018. Dessas, já estão operacionais os mísseis hipersônicos Kinjal e Zircon, além do planador hipersônico transportado por míssil balístico Avangard.

Ainda estão em desenvolvimento o "torpedo do Juízo Final" e um míssil de cruzeiro com propulsão nuclear, destacou a reportagem da Folha.

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Míssil mais poderoso do mundo

O novo míssil é o mais avançado e poderoso em operação no mundo. Tem 35,5 m de comprimento e 3 m de diâmetro, podendo carregar de 10 a 14 ogivas nucleares independente com entre 350 quilotons e 800 quilotons (de 23 a 53 vezes mais poderosas que a bomba de Hiroshima), e um número agora estimado em até 16 planadores hipersônicos que podem ser armados.

Os dados sobre o míssil foram divulgados pelo governo em 2019, na feira militar anual de Moscou. Entretanto, segundo analistas militares russos, há duas outras configurações para o míssil, para o emprego de uma ogiva única de até 20 megatons (1.300 bombas de Hiroshima), mas não há confirmação disso.

A Rússia opera hoje o maior arsenal nuclear do mundo, seguida pelos EUA. Juntos, os países têm cerca de 90% das 12.500 ogivas do planeta, entre armas prontas para uso, em reserva ou aposentadas em estoques, segundo a referencial FAS.

Fonte: Redação Byte
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