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Reprogramando Futuros

Modo computacional de pensar pode ser útil para todos, diz especialista

Esse pensamento não serve apenas para a área da programação ou ao conhecimento técnico, mas também pode ser aplicado em muitas áreas da vida

11 fev 2023 - 05h00
(atualizado em 28/2/2023 às 18h53)
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Mônica Magalhães, especialista em inovação disruptiva e fundadora da agência Disrupta
Mônica Magalhães, especialista em inovação disruptiva e fundadora da agência Disrupta
Foto: Acesso Pessoal

Você já ouviu falar em pensamento computacional? De acordo com a especialista em inovação disruptiva Mônica Magalhães, ele é nada mais que a capacidade de usarmos toda a lógica que aprendemos para analisar dados e cruzá-los de forma criativa, como ocorre na tecnologia da informação (TI) e na computação. 

Esse pensamento mais conectivo, segundo ela, não serve apenas para a área da programação ou ao conhecimento técnico, mas também pode ser aplicado a muitas áreas da vida, inclusive nos desafios diários que enfrentamos no cotidiano. 

Entretanto, ainda que muito útil para a era digital, a disponibilidade das pessoas para aprenderem esse tipo de habilidade depende de vários fatores. E o acesso à tecnologia, recursos financeiros e políticas educacionais são alguns deles. 

O acesso à internet é limitado no Brasil e em diversas regiões do mundo, o que pode dificultar uma democratização desse aprendizado. "Além disso, ainda há desafios em torno de garantir que o ensino de pensamento computacional seja equitativo e inclusivo, levando em conta as necessidades e habilidades diversas de cada ser humano", argumenta a também empreendedora. 

Como você pode usar o pensamento computacional 

Um exemplo de aplicação prática para o pensamento computacional é se você precisa resolver uma questão de entregas de encomendas, por exemplo. Magalhães diz que uma forma de resolvê-lo com essa lógica seria primeiro decompondo o problema, ou seja, dividindo-o em partes menores. Depois, coletando e organizando informações relevantes. 

O próximo passo seria sintetizá-las criando soluções potenciais e avaliando a eficácia delas, depois testando-as e finalmente tomando uma decisão. Essa seria uma forma sistemática e lógica de pensar, como fazem algoritmos de otimização e softwares de planejamento de rotas.

Desafios à vista 

Computação não serve apenas para o setor técnico, mas também como lógica de enfrentar problemas
Computação não serve apenas para o setor técnico, mas também como lógica de enfrentar problemas
Foto: Unsplash

Entre os vários desafios para que mais pessoas implementem a lógica do pensamento computacional, o maior de todos, para Magalhães, é a acessibilidade. "O que inclui garantir acesso à internet e a dispositivos tecnológicos desde já para as crianças", explica a especialista. 

Além disso, ela defende que deve-se capacitar professores e equipar escolas, com o apoio de empresas privadas e do governo. Redes sociais também podem contribuir para ajudar a compartilhar informações em maior escala, embora a exposição excessiva a elas possa atrapalhar a concentração e o aprendizado.

Programação # lógica de programação 

Mas embora a programação e a lógica de programação (o mesmo que pensamento computacional) sejam conceitos próximos, não significam a mesma coisa.

Enquanto a programação é mais ligada à linguagem e ao processo de escrever, testar, depurar e manter códigos de computador que realizam tarefas específicas, a lógica de programação é a forma como usamos a nossa mente para solucionar um problema, segundo Magalhães. 

"Eu gosto de dizer que uma é hardskill e outra, soft skill. No primeiro, é preciso habilidade técnica; já no segundo, habilidade comportamental", comenta a especialista. 

Normalmente, a lógica de programação é usada em ferramentas de produtividade e jogos – com sites que têm fluxos mais "racionais" de funcionamento, por exemplo. No entanto, aplicá-lo ao dia a dia pode fazer com que aprendamos a reconhecer melhor uma informação quando ela está "quebrada", segundo Magalhães. Assim, entendemos melhor como desviar de problemas e economizamos tempo nas nossas vidas. 

Fonte: Redação Byte
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