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Movimentos sutis dos girassóis ajudam a prever seu crescimento, revelam físicos

Em estudo, planta simulada dava um “passo” a cada meia hora, movendo-se de forma completamente aleatória

24 set 2024 - 05h02
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Estudo conduzido por físico avalia o padrão de crescimento do girassol
Estudo conduzido por físico avalia o padrão de crescimento do girassol
Foto: Shutterstock / João Bidu

Os girassóis realizam pequenos e quase imperceptíveis movimentos para maximizar sua exposição ao sol, um fenômeno que os físicos agora estão modelando para prever como essas plantas crescem. Esses movimentos delicados, conhecidos como circumnutações — do latim circum (círculo) e nutare (acenar) —, ocorrem em diferentes escalas e tempos entre as espécies vegetais, mas ainda não são completamente compreendidos.

Essa ideia de que as plantas se movem lentamente ao longo do tempo não é nova. No verão de 1863, o naturalista Charles Darwin passou dias observando atentamente suas plantas. Então, notou que os tentáculos de seus pés de pepino moviam-se em círculos até encontrar algo para se enrolar. 

Embora o fenômeno das circumnutações já fosse conhecido por Darwin, a ciência moderna continua a investigar sua função exata. 

Nova pesquisa

Agora, pesquisadores desenvolveram um modelo que simula os movimentos dos girassóis para entender como essas plantas maximizam sua exposição ao sol. O estudo, liderado pelo físico Chantal Nguyen, da Universidade de Colorado Boulder (EUA), utilizou circumnutações — movimentos circulares lentos e quase imperceptíveis — para analisar o comportamento coletivo das plantas.

A simulação foi baseada em medições experimentais que registraram a taxa de crescimento dos girassóis e o impacto desses movimentos na busca por luz.

No experimento, cada planta foi modelada como uma coroa circular em um caule, que se expandia conforme a taxa de crescimento observada. A planta simulada dava um “passo” a cada meia hora, movendo-se de forma completamente aleatória.

Para ajustar a intensidade das circumnutações, os cientistas modificaram o tamanho desses passos, criando cenários em que os girassóis variavam entre movimentos mínimos e irregulares. Os girassóis, reais, foram observados em experimentos de campo.

Girassol é alvo de estudo de equipe de pesquisadores norte-americanos
Girassol é alvo de estudo de equipe de pesquisadores norte-americanos
Foto: Łukasz Rawa/Unsplash / Casa.com

Como as plantas precisam de luz para crescer, o modelo também replicou o comportamento natural de evitar sombra, fazendo com que as plantas simuladas se inclinassem para direções opostas quando próximas umas das outras. No entanto, em testes iniciais, os girassóis modelo não conseguiam reproduzir o padrão de crescimento em ziguezague observado na natureza.

Os pesquisadores ajustaram então as circumnutações: movimentos menores mantinham as plantas em linha reta, enquanto movimentos amplos levavam a aproximações indesejadas. Somente quando simularam movimentos moderadamente grandes, semelhantes aos observados no campo, os girassóis começaram a se organizar em um padrão ziguezague que permitia a exposição ideal à luz.

Os resultados mostraram que esses movimentos aleatórios e irregulares ajudam as plantas a explorar seu ambiente em busca de configurações que maximizem seu crescimento. "As plantas são muito mais dinâmicas do que as pessoas dão crédito", afirma Chantal ao The Conversation. Com o tempo e atenção, cientistas e fazendeiros podem utilizar esses movimentos a seu favor, otimizando a produção agrícola, completaram os pesquisadores.

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Fonte: Redação Byte
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