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Mulheres preferem cursar biologia a física, e isso também tem a ver com machismo

Falta de mulheres na física está ligada à preferência pessoal, mas não exclui desigualdade de gênero, diz estudo

8 dez 2023 - 11h22
(atualizado às 16h34)
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Estudo mostra relação entre mulheres na física e escolhas pessoais
Estudo mostra relação entre mulheres na física e escolhas pessoais
Foto: zinkevych via Freepik

Um novo estudo conduzido por um grupo de cientistas internacionais na Universidade de Rice, nos Estados Unidos, mostra que menos mulheres seguem carreira em física devido a preferências pessoais. O estudo complementa a informação dizendo que isso não exclui as normas de gênero

Os cientistas alertam que simplesmente atribuir este desequilíbrio à escolha individual pode diminuir o impulso para a igualdade de gênero nas ciências. Ainda conforme o estudo, na ciência, as mulheres acabam se direcionando mais para a área de biologia

Com dados de pesquisas coletados de biólogos e físicos acadêmicos nos EUA (1.777 no total), Itália (1.257), França (648) e Taiwan (780), os pesquisadores examinaram como as identidades sociais dos cientistas e os países em que residem moldam suas explicações sobre a desigualdade de gênero na ciência.

“Cientistas explicam a sub-representação das mulheres na física em comparação com a biologia em quatro contextos nacionais”, relata o estudo em uma edição recente da revista Gênero, Trabalho e Organização. 

Elaine Howard Ecklund, uma das autoras do estudo, professora de sociologia e diretora do Instituto Boniuk de Rice, disse que, independentemente dos cientistas pesquisados, as decisões das mulheres de não seguirem carreiras em física foram interpretadas pelos entrevistados priorizando o individualismo.

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O perigo disto, disse Ecklund em entrevista ao portal Phys.org, é ignorar a forma como as próprias preferências são moldadas pelos processos de gênero. 

“Essas barreiras, em última análise, impedem as mulheres de entrar, persistir e avançar na ciência acadêmica em diferentes pontos do processo”, comentou Di Di, uma dos principais autoras do estudo, da Universidade de Santa Clara (EUA).

Pesquisas anteriores sugerem que as mulheres são influenciadas desde cedo pelos papéis de gênero na família e nas suas profissões, que moldam as decisões das jovens mulheres de ingressar em áreas como ciência, tecnologia, engenharia, matemática e outras profissões de gênero. 

Estas seleções ocupacionais foram relatadas como escolhas individuais pelos cientistas entrevistados para este estudo.

“Quando os cientistas recorrem a argumentos individualistas para explicar a desigualdade de gênero – ignorando assim estes processos de gênero – podem enfraquecer iniciativas para promover a equidade das mulheres".

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Fonte: Redação Byte
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