Musk é acusado de assédio sexual; bilionário nega
Bilionário teria assediado uma comissária de bordo em 2016, afirmou o site americano Business Insider, durante uma viagem em um jato particular
Acusado nesta quinta-feira, 19, Elon Musk denunciou como "totalmente falsas" as alegações de assédio sexual contra uma comissária de bordo. O crime teria acontecido em 2016, a bordo de um jato particular do empresário, informou o site americano Business Insider.
De acordo com o site, a SpaceX, empresa de exploração espacial de Musk, teria pago US$ 250 mil em 2018 para que a vítima não levasse o caso à público. Na denúncia, a comissária de bordo, que não foi identificada, afirmou ter uma testemunha para corroborar com o acontecido — a pessoa, que também foi mantida em anonimato, prestou uma declaração como parte do processo de acordo privado.
A funcionária disse que, na ocasião, Musk expôs suas partes íntimas a ela, sugerindo que os dois tivessem relação sexual dentro do avião. A comissária, segundo o Business Insider, recusou a proposta.
"Eu tenho um desafio para essa mentirosa que afirma que seu amigo me viu 'exposto' - descreva apenas uma coisa, qualquer coisa (cicatrizes, tatuagens) que não seja conhecida pelo público. Ela não poderá fazer, porque isso nunca aconteceu", tuitou Musk na noite de quinta-feira.
But I have a challenge to this liar who claims their friend saw me "exposed" - describe just one thing, anything at all (scars, tattoos, …) that isn't known by the public. She won't be able to do so, because it never happened.
— Elon Musk (@elonmusk) May 20, 2022
Musk e a SpaceX não responderam aos pedidos da Reuters para comentar a história ou os tuítes do empresário. Em um comunicado à Reuters nesta sexta-feira, 20, o Business Insider disse: "Nós defendemos nossa história, que é baseada em documentos e entrevistas e que fala por si mesma".
O site citou a testemunha da comissária dizendo que, além de supostamente se expor, Musk esfregou a coxa da comissária e se ofereceu para comprar um cavalo se ela "fizesse mais" do que uma massagem a bordo. A comissária passou a acreditar que sua recusa em aceitar a proposta de Musk no avião havia prejudicado suas oportunidades de trabalhar na SpaceX e a levou a contratar um advogado em 2018, segundo o Business Insider.
A empresa de foguetes fez o acordo fora do tribunal e incluiu um acordo de confidencialidade que impedia a comissária de falar sobre isso. No site americano, Musk foi citado dizendo que a história do comissário de bordo era uma "peça de sucesso politicamente motivada" e que havia "muito mais nessa história".
Na noite de quinta-feira, Musk tuitou pela primeira vez: "os ataques contra mim devem ser vistos por uma lente política — este é o manual padrão (desprezível) — mas nada me impedirá de lutar por um bom futuro e seu direito à liberdade de expressão". No tuíte inicial, ele não mencionou especificamente as alegações no artigo do Business Insider.
The attacks against me should be viewed through a political lens - this is their standard (despicable) playbook - but nothing will deter me from fighting for a good future and your right to free speech
— Elon Musk (@elonmusk) May 20, 2022
"E, para registro, essas acusações selvagens são totalmente falsas", acrescentou Musk em outra publicação.
No, it was clear that their only goal was a hit price to interfere with the Twitter acquisition. The story was written before they even talked to me.
— Elon Musk (@elonmusk) May 20, 2022
Ele também afirmou que o artigo pretendia interferir na sua aquisição do Twitter./COM REUTERS